"Já comunicámos às autoridades de proteção civil marroquinas, por intermédio da Embaixada de Portugal em Marrocos, a nossa total disponibilidade para mobilizar uma equipa de busca e salvamento, [...] equivalente àquela que mobilizámos para a Turquia, ou seja, com capacidades de busca e salvamento, com equipa médica, com binómio de cães, com equipas de identificação de cadáveres", informou o ministro José Luís Carneiro.
Em declarações à agência Lusa, o ministro da Administração Interna adiantou que Marrocos ainda não pediu esse apoio, mas a disponibilidade de Portugal "é total".
Questionado sobre o impacto deste sismo em Portugal, uma vez que foi sentido em várias localidades portuguesas, José Luís Carneiro afirmou que, "até agora, não há qualquer registo de danos ou de consequências em território português".
Subscrevendo as palavras do primeiro-ministro, António Costa, o ministro da Administração Interna dirigiu também uma mensagem de condolências e "a mais profunda solidariedade ao povo marroquino, muito particularmente a todos aqueles que direta e indiretamente foram atingidos por este sismo".
Na rede social X (ex-Twitter), o primeiro-ministro disse que "Portugal está solidário e disponível para apoiar Marrocos", abalado por um forte sismo na sexta-feira à noite.
"O sismo da noite passada em Marrocos deixa-nos profundamente consternados e apresentamos as nossas condolências a sua majestade o rei, às famílias vitimadas e a todo o povo marroquino, nosso vizinho", escreveu António Costa.
Os portugueses que estão em Marrocos, onde ocorreu um forte sismo na sexta-feira à noite, e que foram contactados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) "encontram-se bem", segundo uma nota da própria diplomacia.
"Todos os portugueses com quem, até ao momento, foi estabelecido contacto encontram-se bem, não tendo reportado problemas de saúde ou danos materiais substantivos", assegura o ministério, em nota à comunicação social.
O balanço do terramoto que atingiu Marrocos na sexta-feira à noite subiu para 820 mortos e 672 feridos, dos quais 250 graves, anunciou hoje o Ministério do Interior marroquino.
A província com mais vítimas registadas é Al Haouz, a sul de Marraquexe e próxima do epicentro, com 394 mortos, segundo o balanço até às 10:00 locais (mesma hora em Lisboa), citado pela agência espanhola EFE.
Segue-se Taroudant (271 mortos), Chichaoua (91), Ouarzazate (31), Marraquexe (13), Azilal (11), Agadir (5), Casablanca (3) e Al Youssufia (1).
De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica de Marrocos, o sismo atingiu a magnitude 7,0 na escala de Richter e ocorreu na região de Marraquexe (norte) às 23:11, a uma profundidade de oito quilómetros.
O epicentro foi na localidade de Ighil, situada a cerca de 80 quilómetros a sudoeste de Marraquexe.
O forte sismo foi sentido em Portugal e Espanha.
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