Em comunicado, o INEM refere que, das 4.558 utilizações de DAE, "em 532 casos o aparelho recomendou a administração de choque elétrico, sendo que 447 vítimas foram transportadas para uma unidade hospitalar com sinais de circulação espontânea".
"A utilização dos desfibrilhadores traduziu-se assim num número significativo de vidas salvas no próprio local da ocorrência, com recurso ao Suporte Básico de Vida (SBV) e à utilização dos desfibrilhadores por equipas de tripulantes de ambulância", sustenta o INEM.
A utilização precoce dos DAE, disponíveis nas ambulâncias do INEM, dos bombeiros e da Cruz Vermelha Portuguesa, "é um fator crítico de sucesso na cadeia de sobrevivência das vítimas com paragem cardiorrespiratória".
O INEM salienta que, além das ambulâncias, colaboraram no socorro às vítimas outros meios de socorro, nomeadamente viaturas médicas, ambulâncias de Suporte Imediato de Vida e motociclos de emergência médica.
Em 2013, o INEM formou cerca de 600 elementos de corporações de bombeiros em suporte básico de vida e desfibrilhação automática externa, sendo que, atualmente, há já cerca de 2.900 operacionais formados.
De acordo com o INEM, circulam a nível nacional 558 veículos equipados com DAE, entre ambulâncias do instituto (148) e ambulâncias operadas pelos bombeiros e Cruz Vermelha (410).
O alargamento da instalação dos DAE a espaços públicos "permitiu igualmente um importante alargamento do acesso do cidadão à desfibrilhação precoce", frisa o INEM.
O DAE é um dispositivo portátil que permite, através de elétrodos adesivos colocados no tórax de uma vítima em paragem cardiorrespiratória, analisar o ritmo cardíaco e recomendar ou não a administração de um choque elétrico.