"A saúde mental não é um bicho papão". Quem o diz é Mariana Saraiva, presidente da CAPITI, uma associação que apoia crianças e jovens, de famílias carenciadas, com problemas de desenvolvimento e comportamento. Estes menores, com patologias como "espectro do autismo, síndrome de asperger, défice de atenção, situações de luto" ou até adições "como a internet", conseguem acompanhamento médico e terapêutico através de ajuda da CAPITI.
Mariana Saraiva afirmou ao Notícias ao Minuto que o tratamento proporcionado pela CAPITI "vai ao encontro das necessidades específicas de cada criança", podendo passar por várias especialidades, como "terapia da fala, psiquiatria, psicologia".
Segundo Mariana Saraiva, o trabalho da associação passa por “fazer a ponte entre as famílias e as clínicas” parceiras do projeto. Tudo começa com a análise da candidatura e avaliação da situação económica de cada família, informações que são depois inseridas em diferentes escalões. Nesse seguimento, a CAPITI financia o tratamento de cada criança em "90%, 70% ou 50%, conforme o escalão em que cada um está inserido". "O restante valor do pagamento é suportado pela família", frisou Mariana, que realçou ainda o facto de a associação fazer sempre "o pagamento diretamente à clínica”.
Este mês decorre a 7.ª edição do leilão artístico solidário CAPITI 'Art Mind', um evento "de angariação de fundos que convidou 30 artistas contemporâneos que gentilmente cederam as suas obras", referiu Mariana Saraiva. As obras estão expostas até ao dia 19 de outubro no Museu da Eletricidade, em Lisboa, e vão ser depois leiloadas. O valor reverte na totalidade para a CAPITI.
Mariana recordou ainda o início da iniciativa, na altura chamada 'Dar Luz a Esta Causa', já que o objetivo era "iluminar e falar de saúde mental". Nessa altura, os artistas criavam candeeiros que eram expostos e, posteriormente, leiloados.
A presidente da CAPITI referiu ainda que, além deste leilão, há outras formas de ajudar estas crianças. O apadrinhamento é uma das soluções, "em que as pessoas podem escolher uma criança para apadrinhar", suportando depois parte das despesas referentes ao tratamento do afilhado. Quem queira ajudar esta instituição pode ainda fazê-lo por multibanco, transferência bancária ou MBWay, através do número 937 043 465.
"Estas crianças têm de ser ajudadas", salientou, por fim, Mariana Saraiva.
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