Ativistas bloqueiam estrada junto ao Museu de História Natural em Lisboa
Membros do Climáximo exigem "que as instituições encarem a verdade e ajam de acordo com a emergência climática".
© Climáximo
País Lisboa
Os ativistas do Climáximo bloquearam, esta quinta-feira, 19 de outubro, a Rua da Escola Politécnica, em frente ao Museu de História Natural e da Ciência, em Lisboa.
Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, o grupo revela que o protesto, que interrompeu o trânsito, exige "que as instituições encarem a verdade e ajam de acordo com a emergência climática".
Nas imagens partilhadas é possível ver vários ativistas sentados na via pública, a segurar uma faixa onde se lê: "Estão a destruir tudo o que amas".
Na mesma nota enviada ao Notícias ao Minuto, a agrónoma e porta-voz da Climáximo Leonor Canadas defendeu que "há milhões de mortes declaradas pela crise climática, e têm culpados. Os governos e empresas emissoras estão neste momento a matar milhares de pessoas, a despejar dezenas de milhões, a queimá-las vivas, a afogá-las. Estas mortes foram conscientes. Isto é guerra. Temos o dever de resistir, e as instituições de dizer a verdade."
O grupo reivindica assim "honestidade por parte de todas as instituições sobre o estado de crise climática, entrando estas em emergência climática, reconhecendo-a como prioridade central da sociedade, e agindo de acordo com a ciência".
"É necessário dizer a verdade às pessoas para que possamos tomar decisões informadas e honestas para travar o colapso climático" e, para isso, realça o Climáximo no mesmo comunicado, "é absolutamente necessário alcançar neutralidade carbónica até 2030 em Portugal, entre um grupo extenso de medidas disponíveis online, avança o coletivo".
Ativistas detidas presentes hoje a tribunal
Entretanto, a Climáximo revelou que três ativistas foram detidas no local e serão levadas ainda hoje a tribunal, acusadas do crime contra a paz pública.
Leonor Canadas, que é uma das arguidas, questiona a origem das acusações: "Não vivemos em paz social. Há muito que o governo e grandes empresas emissoras sabem da destruição da crise climática, e continuam a subsidiar todos os dias infraestruturas que matam. Já não vivemos em paz, porque eles declararam guerra contra as pessoas e o planeta. Temos precisamente de quebrar a falsa sensação de paz para agir."
A porta-voz do Climáximo questiona ainda "quem garantiu os incêndios e cheias cada vez mais extremos que vivemos todos os anos? Quem matou milhares de pessoas em ondas de calor? As apoiantes do Climáximo são pacíficas. Quem realmente quebra a paz social?".
O coletivo apela assim ao direito que os portugueses têm de resistir face à crise climática, ao "resistir, e quebrar a falsa sensação de paz que nos vendem".
[Notícia atualizada às 11h43]
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