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Fiscais da Câmara de Lisboa em protesto pela progressão na carreira

Cerca de três dezenas de fiscais municipais da Câmara de Lisboa em protesto pela progressão na carreira foram recebidos hoje de manhã por Carlos Moedas, que prometeu analisar a situação dos trabalhadores.

Fiscais da Câmara de Lisboa em protesto pela progressão na carreira
Notícias ao Minuto

12:30 - 25/10/23 por Lusa

País Câmara de Lisboa

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) explicou que os fiscais regrediram na Tabela Remuneratória Única, tendo sido reposicionados em patamares inferiores aos que se encontravam, devido a uma interpretação da Câmara Municipal.

"O presidente da câmara recebeu-nos dizendo que não tinha conhecimento da situação e que iria analisá-la. Mostrou-se solidário para com os trabalhadores", disse Nuno Almeida.

O presidente do STML explicou que os trabalhadores da autarquia de Lisboa da Carreira Especial de Fiscalização foram confrontados este ano com a interpretação e decisão da Câmara envolvendo o seu reposicionamento na Tabela Remuneratória Única, o que, na prática, lhes negou o direito à progressão na carreira.

"Os trabalhadores consideram esta situação uma injustiça inaceitável e um abuso em termos interpretativos sobre a legislação mais recente direcionada para a realidade dos trabalhadores em funções públicas", disse.

Nuno Almeida disse que foram enviados para a Câmara, Governo e grupos parlamentares exposições sobre o problema, não tendo obtido resposta.

"O que pretendemos é que a Câmara possa resolver a questão dos trabalhadores e que interceda junto do Governo", indicou.

Por sua vez, o coordenador do STML, Luís Dias, sublinhou que nenhum trabalhador pode ser colocado em posições inferiores àquela em que se encontra e isso aconteceu de facto.

"Os fiscais trabalham em condições complicadas. Há falta de trabalhadores, não pode agora vir a câmara prejudicá-los. (...) O presidente da Câmara diz que está solidário com os trabalhadores, que os valoriza, mas o que estes exigem é soluções concretas", disse.

Luís Dias indicou ainda que os trabalhadores vão aguardar que Carlos Moedas "analise a situação" e lhes dê feedback.

Por sua vez, Ricardo Pereira, fiscal há quase 40 anos, manifestou-se, em declarações à Lusa, "injustiçado", salientando que quer "ser ouvido" e que "seja resolvido o problema".

"Faço tudo. Fiscalizo obras, estabelecimentos, vendedores ambulantes, lixo, etc. Estou a tentar que me oiçam porque os recursos humanos da câmara não conseguiram responder porque é que me baixaram de categoria", disse.

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