Em declarações à agência Lusa, o comandante Paulo Santos, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), adiantou que a região Norte, principalmente os distritos do Porto e Viseu, foi a mais afetada.
"Na região Norte tivemos um total de 145 ocorrências, 116 das quais relacionadas com quedas de árvores, e 54 na região Centro, 42 das quais também quedas de árvores relacionadas com o vento forte", disse.
De acordo com Paulo Santos, foram também registadas sete ocorrências na região de Lisboa Vale do Tejo.
"Além das quedas de árvores foram registadas ainda pequenas inundações e queda de estruturas, mas em menor número", indicou.
Portugal continental está hoje a sentir os efeitos da depressão Ciáran, com vento por vezes forte, agitação marítima e precipitação, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Para hoje está previsto "um aumento da intensidade do vento, que soprará forte no litoral das regiões norte e centro, com rajadas até 90 quilómetros/hora, e nas terras altas, com rajadas até 110 quilómetros/hora", podendo até superar aquele valor nos pontos mais altos da Serra da Estrela.
Por isso, o IPMA emitiu aviso amarelo de vento forte para hoje nos distritos de Viseu, Bragança, Porto, Guarda, Vila Real, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra e Braga.
O instituto colocou sete distritos de Portugal continental sob aviso vermelho devido à previsão de agitação marítima forte hoje e na sexta-feira.
Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga estão sob aviso vermelho desde as 09h00 e até às 15h00 de sexta-feira devido à previsão de "ondas de noroeste com altura significativa de sete a oito metros, podendo atingir a altura máxima de 14/15 metros".
Faro, Setúbal e Beja vão estar sob aviso meteorológico laranja entre as 15h00 de hoje e até às 24h00 de sexta-feira, também devido à previsão de agitação marítima forte.
O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica, enquanto o aviso laranja, o segundo mais grave, é emitido sempre que existe situação meteorológica de risco moderado a elevado.
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