No banco dos réus estão sentados 11 homens e três mulheres, com idades entre os 20 e 60 anos, que estão acusados do crime de tráfico de estupefacientes e tráfico de menor gravidade.
Um deles responde também por um crime de roubo a um supermercado em Oliveira de Azeméis e um outro está acusado de falsificação de documento, por ter sido encontrada na sua posse uma nota de 20 euros falsa.
Dos 14 arguidos, quatro dos quais da mesma família, cinco encontram-se em prisão preventiva.
Após a identificação, cinco arguidos informaram o tribunal que pretendiam prestar declarações.
No centro da investigação está uma família de Oliveira de Azeméis, composta por uma mulher e três filhos, que, segundo a acusação do Ministério Público (MP), se dedicava à venda de cocaína, heroína e haxixe a consumidores naquele concelho e nos concelhos próximos.
Esta rede familiar seria liderada pelo filho mais velho que se servia ainda de quatro indivíduos para vender a droga, cedendo-lhes em contrapartida produto estupefaciente para o seu próprio consumo, como forma de pagamento dos seus serviços.
O MP diz que este arguido "tomou como objetivo o controlo total do tráfico de estupefacientes, nomeadamente de heroína e cocaína na zona de Pinheiro da Bemposta", chegando mesmo a contactar com diversos consumidores e oferecendo "bónus" aos que adquiriam mais de 30 euros em estupefacientes.
O grupo foi detido durante uma operação da GNR levada a cabo em novembro de 2022 e que incluiu a realização de 18 buscas domiciliárias e seis em veiculo.
Durante a operação, foram apreendidas 600 doses de haxixe, 320 doses de cocaína, 210 doses de heroína, 87 doses de canábis, 120 milímetros de metadona, uma estufa e material de corte e de embalamento de produto estupefaciente.
Foram ainda apreendidos 25 mil euros em dinheiro, quatro veículos, uma arma de 'airsoft' e diverso material furtado.
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