Marcelo lamenta morte de civis em Gaza, incluindo três portugueses

O Presidente da República "expressa a sua mais sentida solidariedade às famílias, bem como a todas as vítimas" do conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas.

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© Andrew Kravchenko/Bloomberg via Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues com Lusa
16/11/2023 00:14 ‧ 16/11/2023 por Márcia Guímaro Rodrigues com Lusa

País

Presidente da República

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou, esta quinta-feira, a morte de cinco civis, incluindo três portugueses, num bombardeamento no sul de Gaza.

"O Presidente da República, tal como o Governo, lamenta a morte de cinco civis num bombardeamento hoje no sul de Gaza, entre os quais três de nacionalidade portuguesa, e expressa a sua mais sentida solidariedade às famílias, bem como a todas as vítimas deste conflito", lê-se numa nota publicada no site da Presidência da República.

Marcelo afirmou ainda esperar que, "nos próximos dias, seja possível a saída de Gaza para o Egito de um grupo de cidadãos luso-palestinianos".

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, lamentou a morte de três cidadãos portugueses em Gaza, dos quais dois menores, juntamente com dois familiares, e pediu a Israel para parar estes bombardeamentos.

"O Governo português lamenta profundamente a morte de cinco pessoas esta tarde em Gaza, três cidadãos nacionais e dois familiares, fruto de um bombardeamento", declarou João Gomes Cravinho aos jornalistas, num hotel em Bissau.

O ministro dos Negócios Estrangeiros adiantou que morreram "uma adulta e duas crianças" de nacionalidade portuguesa e referiu ter transmitido em nome de Portugal ao seu colega israelita "desgosto em relação a estas mortes".

"Aquilo que aconteceu esta tarde com a morte de três cidadãos nacionais e dois familiares diretos desses cidadãos é mais uma prova de que este não é o caminho certo. Nós precisamos de parar agora estes bombardeamentos", defendeu.

Segundo o ministro, estas vítimas civis constavam da "lista prioritária" de 16 pessoas a retirar de Gaza fornecida por Portugal às autoridades de Israel e do Egito.

Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros adiantou que as autoridades egípcias, em articulação com Israel, autorizaram a saída da Faixa de Gaza de dez cidadãos sinalizados por Portugal, dois dos quais luso-palestinianos.

A ofensiva de Israel em Gaza já dura há 40 dias, depois de o grupo islamita Hamas, classificado como terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América, ter lançado em 07 de outubro um ataque sem precedentes em território israelita, no qual matou e raptou militares e civis, incluindo crianças.

Segundo o governo israelita, o Hamas fez mais de 1.400 mortos em Israel e levou cerca de 220 reféns, dos quais quatro foram entretanto libertados.

As forças armadas de Israel responderam com bombardeamentos e o corte do abastamento de água, comida, eletricidade e combustível à Faixa de Gaza, onde vivem mais de dois milhões de pessoas.

As autoridades da Faixa de Gaza reportam mais de 11.000 pessoas mortas pelos bombardeamentos israelitas, entre as quais mais de 4.000 crianças.

[Notícia atualizada às 00h23]

Leia Também: Autorizada saída de Gaza de 10 cidadãos sinalizados por Portugal

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