Português perde família em Gaza. Cravinho "só ligou depois" de morrerem

A família vivia em Portugal há 9 anos.

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© Mohammed Abed/AFP via Getty Images

Marta Amorim com Lusa
16/11/2023 14:42 ‧ 16/11/2023 por Marta Amorim com Lusa

País

Israel/Palestina

Ahmed Ashour perdeu a mulher e dois dos três filhos num bombardeamento israelita à Faixa de Gaza. Khan Yunis, de 35 anos, a filha, de 12, e o filho, de 6, são os portugueses cuja morte o Ministério dos Negócios Estrangeiros lamentou esta quarta-feira

Ahmed responsabiliza o Governo português pela morte da família e diz que o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, nada fez para salvar os portugueses em Gaza. 

"O ministro dos Negócios Estrangeiros deve demitir-se porque não fez os esforços necessários para garantir a vida dos portugueses", afirmou, em declarações à RTP.  

"Só ligou depois da minha família estar morta", acrescentou. Segundo o canal público, a família Ashour esperou 39 dias para ser resgatada.  

A família vivia em Portugal há 9 anos e os três filhos e a mulher regressaram entretanto a Gaza porque uma das crianças tinha problemas de saúde e lá teriam mais apoio.

Ao bombardeamento sobreviveu uma bebé, Nour, de seis meses, que está em Gaza com os avós. 

De recordar que João Gomes Cravinho asseverou ainda que esta quinta-feira estava a ser preparada a retirada de 10 portugueses pela passagem de Rafah

A ofensiva de Israel em Gaza já dura há 40 dias, depois de o grupo islamita Hamas, classificado como terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América, ter lançado em 7 de outubro um ataque sem precedentes em território israelita, no qual matou e raptou militares e civis, incluindo crianças.

Segundo o governo israelita, o Hamas fez mais de 1.400 mortos em Israel e levou cerca de 220 reféns, dos quais quatro foram entretanto libertados.

As forças armadas de Israel responderam com bombardeamentos e o corte do abastamento de água, comida, eletricidade e combustível à Faixa de Gaza, onde vivem mais de dois milhões de pessoas.

As autoridades da Faixa de Gaza reportam mais de 11.000 pessoas mortas pelos bombardeamentos israelitas, entre as quais mais de 4.000 crianças.

Leia Também: Josep Borrell pede a Israel que "não se deixe consumir pelo ódio"

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