Câmara de Mourão exige reforço de efetivos e meios da GNR

A Câmara de Mourão, no distrito de Évora, exigiu hoje o reforço de efetivos e meios da GNR no concelho, devido a um "aumento significativo" de casos de vandalismo e furto, sobretudo durante o período noturno.

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Lusa
20/11/2023 13:31 ‧ 20/11/2023 por Lusa

País

Mourão

"Não estamos a exigir nada mais do que aquilo que já nos havia sido prometido no âmbito do Contrato Local de Segurança (CLS), que ainda não teve qualquer tipo de consequência prática", afirmou à agência Lusa o presidente do município, João Fortes.

O autarca eleito pela coligação PSD/CDS-PP falava a propósito de uma carta que esta autarquia alentejana dirigiu ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a exigir o reforço de meios da GNR e a implementação de medidas do CLS de Mourão.

Assinalando que "não há criminalidade violenta em Mourão", o presidente do município referiu que os casos que têm ocorrido, "essencialmente no período noturno", estão relacionados com situações de "atentado contra a propriedade, vandalismo e furto".

"Infelizmente, nas últimas três semanas, tem existido um aumento significativo destes delitos e por isso, enquanto autarca, tenho que apelar aos canais existentes para pressionar para que isto possa ser, a curto prazo, resolvido", notou.

João Fortes frisou que o município tem vindo a solicitar reforços à GNR e que este ano foi assinado o CLS, através do qual existiam "grandes expetativas porque tudo indicava que seria desenhada uma metodologia para tentar aparar este fenómeno".

Porém, sublinhou o autarca, a Câmara de Mourão sente-se "defraudada com o que assinou com a tutela e com o ministro da Administração Interna", pois esperava "um reforço de meios operacionais e humanos e tudo não passou de uma mão cheia de nada".

"Entre a falta de efetivos, principalmente para o período noturno, e de viaturas, inclusive o município teve que assumir a compra de um veículo que vai ceder à GNR", também foi necessário fazer obras no posto "para motivar os militares", referiu.

Segundo o presidente do município, atualmente, o Posto Territorial de Mourão da GNR tem um efetivo de 25 militares para um concelho que "tem cerca de 2.300 habitantes" e uma área de "278 quilómetros quadrados".

No período noturno, realçou João Fortes, "ficam no posto um ou dois militares e outros dois circulam pelo território", o que "é manifestamente insuficiente, atendendo à enorme área territorial que tem que ser patrulhada".

"Era essencial termos mais três a quatro militares para garantir uma rotatividade em permanência das patrulhas noturnas, que é quando se concentram os períodos em que ocorrem os delitos", defendeu.

O autarca revelou que a câmara municipal "até já equaciona e está disponível para pagar gratificados", caso o Comando Territorial de Évora da GNR consiga garantir mais militares para o patrulhamento noturno no concelho.

Este pagamento, ressalvou, "seria sempre de forma transitória" até se encontrar uma solução definitiva de reforço do efetivo do posto de Mourão.

"Já estamos nessa disposição, enquanto município, para que as pessoas possam dormir mais descansadas e não ter receio de danos contra o seu património", acrescentou.

Leia Também: Associação da GNR lamenta falta de vontade para resolver salários

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