Os primeiros novos quatro meios aéreos da frota do Estado para apoio ao combate a incêndios rurais foram apresentados esta terça-feira, em Ovar, no distrito de Aveiro.
A cerimónia decorreu no Aeródromo de Manobra N.º 1, com a presença do primeiro-ministro demissionário, António Costa, e foram adquiridos no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência.
"A Força Aérea conta, a partir de hoje, com quatro novos helicópteros que vão estar dedicados à missão de combate aos incêndios rurais", começa por escrever a força num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.
Na mesma nota, a Força Aérea refere que as aeronaves em questão são dois dois helicópteros AW119 Koala, que se juntam já existente da Esquadra 552 - 'Zangões', "sendo que estes dois ficarão permanentemente dedicados à missão de combate aos incêndios rurais, através da vigilância e de projeção de forças no terreno"
Já os outros dois meios, UH-60 Black Hawk, destinam-se ao "combate aéreo e à projeção de forças no terreno, sendo que ficarão sediados no AM1, brevemente transformado em Base Aérea N.º 8". Este dois helicópteros são os primeiros de um total de seis, e está previsto, de acordo com a Força Aérea, que a frota fique completa até 2026.
"Tratando-se de uma missão que exige uma experiência extrema, até 2026 as tripulações da Força Aérea responsáveis por operar o UH-60 Black Hawk passarão por uma fase muito rigorosa de treino por forma a que seja edificada a capacidade com todas as condições de segurança", explicam ainda no comunicado.
O primeiro-ministro surgiu acompanhado pela ministra da Defesa, Helena Carreiras, e falou numa mudança de paradigma na forma como o país passou a encarar a gestão integrada dos fogos rurais, privilegiando a prevenção, sem descurar a necessidade de capacitação para o combate.
Segundo António Costa, esta mudança de paradigma tem-se traduzido em resultados concretos, tendo todas as metas fixadas no plano nacional de gestão integrada de fogos rurais sido "largamente superadas".
Considerou ainda uma "mais-valia da maior importância" a decisão de atribuir à Força Aérea esta nova missão de assegurar o planeamento a gestão e a operação da ação aérea de combate aos incêndios florestais, porque a Força Aérea como as Forças Armadas "asseguram a capacidade de planeamento de comando e controlo absolutamente imprescindível para o sucesso e a eficiência numa operação desta dimensão".
Na mesma ocasião, o chefe do Estado Maior da Força Aérea, Cartaxo Alves, realçou a importância deste momento para a Força Aérea e para o país, pois "marca o inicio da construção da capacidade própria do Estado naquele que era um desígnio nacional sufragado pelos portugueses no domínio do combate aéreo aos incêndios rurais".
No total, está prevista a aquisição de 11 helicópteros até 2025, num investimento que ronda os 70 milhões de euros exclusivamente do PRR, tendo sido hoje apresentadas as primeiras quatro aeronaves entregues à Força Aérea: dois helicópteros médios Black Hawk e dois helicópteros ligeiros Koala.
No caso dos Black Hawk, o general Cartaxo Alves esclareceu que são aparelhos já usados, mas assegurou que estes helicópteros "foram sujeitos a uma inspeção estrutural profunda".
"Estamos convictos de que estamos perante aeronaves capazes de, ao serviço da Força Aérea, cumprir uma missão tão exigente e um risco tão elevado como é a de combate aos incêndios rurais", afirmou.
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