O voto, apresentado pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, salienta que em Portugal “os números da sinistralidade mantêm-se preocupantes, ainda que revelam uma tendência decrescente em quase todos os principais indicadores face a 2019”, ano de referência para monitorização dos objetivos estabelecidos pela Comissão Europeia e por Portugal para 2030.
"Apesar da evolução das estradas, da tecnologia e das regras de condução, a dimensão da sinistralidade rodoviária continua a interpelar-nos", refere o texto.
Segundo o último relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária disponível, respeitante à sinistralidade verificada entre janeiro e junho de 2023, registaram-se no Continente e nas Regiões Autónomas 17.121 acidentes com vítimas, 238 vítimas mortais, 1.226 feridos graves e 19.886 feridos leves.
Em relação ao período idêntico de 2019, registaram-se menos 288 acidentes (-1,7%), menos 22 vítimas mortais (-8,5%), mais 65 feridos graves (+5,6%) e menos 1.070 feridos leves (-5,1%).
"A Assembleia da República presta a sua homenagem às vítimas da estrada, manifesta o seu profundo pesar e solidariedade às respectivas famílias e amigos e libera o contributo das forças de segurança, das equipas de emergência e dos restantes profissionais de saúde que diariamente são chamados a lidar com esta trágica realidade, bem como o papel relevante da sociedade civil na sensibilização para a prevenção de acidentes e no apoio aos sinistrados e seus familiares", lê-se na parte resolutiva do voto.
O Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada foi adotado em 26 de outubro de 2005 pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de homenagear as vidas perdidas nas estradas, sendo celebrado no terceiro domingo do mês de novembro.
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