AMP saúda retoma da linha Braga-Porto via A3
A Área Metropolitana do Porto (AMP) congratulou-se hoje com a solução encontrada pelas Câmaras do Porto e Braga para a retoma do autocarro entre as duas cidades via A3, defendendo que o desfecho demonstra a sua razão.
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País AMP
"Congratulamo-nos com a solução, que demonstra que era à CIM do Cávado que competia implementar a linha, como sempre defendemos", pode ler-se numa reação da presidência da AMP, liderada por Eduardo Vítor Rodrigues, enviada hoje à agência Lusa.
A AMP lamenta ainda "que as pessoas tenham sido prejudicadas por esta jogada política sem sentido".
As Câmaras do Porto e de Braga acordaram hoje retomar o serviço de autocarro que liga as duas cidades através da Autoestrada 3 (A3) a partir de quarta-feira, disse hoje à Lusa o autarca do Porto, Rui Moreira.
A partir de quarta-feira, haverá um serviço prestado com 15 frequências diárias tal como existia até à semana passada, sendo gratuito esta semana, e com recurso a autocarros da própria Câmara do Porto em três viagens, sendo as restantes operadas pela Transdev.
As restantes doze circulações feitas pela Transdev ao longo do dia serão custeadas pela Câmara do Porto, segundo o comunicado da autarquia.
A partir da próxima semana, segundo divulgou a Câmara do Porto, o serviço será contratualizado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado, já sem a gratuitidade e exatamente nos mesmos moldes como era operado anteriormente, com o mesmo tarifário.
No sábado, a CIM do Cávado denunciou que a AMP decidiu acabar com a ligação de autocarro Braga - Porto pela A3, decisão que, considera, "coloca diretamente em causa" o direito à mobilidade das populações.
Em comunicado, o presidente da CIM do Cávado, e também da câmara de Braga, Ricardo Rio, considerou que a decisão da AMP de acabar com aquele serviço, denominado First Class -- Carreira 1108 -- Braga--Porto, por considerar que deve ser aquela CIM a assegurá-lo, é "incompreensível e lamentável".
No domingo, o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, responsabilizou a CIM do Cávado pelo fim do serviço, alegando que competia à entidade minhota promover a sua continuidade.
"As linhas interregionais que a AMP iria contratualizar estavam definidas nos acordos de 2019, pelo que já seria do conhecimento da CIM do Cávado que esta linha iria terminar. Competia-lhe atempadamente tratar da questão das suas populações", segundo um texto do presidente da AMP.
De acordo com Eduardo Vítor Rodrigues, em causa está o fim das autorizações provisórias dos anteriores operadores de linhas de autocarro na AMP, que caducaram no domingo, já depois da nova rede Unir ter arrancado na sexta-feira, e na qual se incluía o serviço Braga-Porto operado pela Transdev.
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