"Imploro". Luso-israelita apela à libertação de todos os reféns em Gaza

Adina Moshe, de 72 anos, foi raptada pelo Hamas no ataque de 7 outubro e libertada durante a primeira troca de reféns e prisioneiros, no final de novembro. Cerca de duas semanas após ser libertada, pede que "façam tudo o que for possível" para libertar os reféns "para que possa recuperar também".

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Márcia Guímaro Rodrigues
09/12/2023 23:11 ‧ 09/12/2023 por Márcia Guímaro Rodrigues

País

Israel/Palestina

Adina Moshe, a luso-israelita de 72 anos que foi raptada pelo grupo islamita Hamas e libertada no âmbito do acordo de tréguas na Faixa de Gaza, apelou, este sábado, à libertação de todos os reféns e destacou a necessidade de "trazer todos para casa" antes de serem tomadas "ações militares".

"O meu nome é Adina Moshe e regressei após ter sido feita refém pelo Hamas", começou por referir a mulher, num testemunho divulgado pelo Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos.

Adina, que obteve cidadania portuguesa no final de outubro, foi raptada a 7 de outubro no kibutz Nir-Oz, localizado a apenas um quilómetro da Faixa de Gaza, no dia do ataque do Hamas contra Israel. O marido, Said David Moshe, foi assassinado pelos terroristas, enquanto tentava impedir que entrassem na sala segura onde o casal se havia escondido.

No vídeo, partilhado nas redes sociais, Adina conta que deixou "para trás" os seus "bons amigos" do kibutz. "São todos muito idosos, com sérios problemas de saúde e sem medicação adequada", lamentou, acrescentando que, durante o tempo em que esteve em cativeiro, "a comida deteriorou-se" e só comiam "arroz".

"Peço e imploro, com todo o meu coração, por favor, façam tudo o que for possível para os libertar, para que eu possa recuperar também. Porque até eles voltarem, o meu coração está lá e não consigo recuperar", apelou.

"Por favor, garantam que libertam todos. Tragam-nos para casa e depois tomem medidas militares", terminou.

Adina Moshe, recorde-se, obteve cidadania portuguesa a 24 de outubro, após o sobrinho, Ori Galante, ter pedido ajuda para "apressar o processo de obtenção da nacionalidade portuguesa" para a tia. 

Foi libertada no passado dia 24 de novembro, fazendo parte do primeiro grupo de 24 reféns libertados pelo Hamas durante o acordo de tréguas. Além de Adina, foram libertados outros 12 israelitas, dez tailandeses e um filipino. 

Leia Também: Centenas de pessoas manifestam-se em Telavive pela libertação dos reféns

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