Avelina Ferreira desapareceu há quase um mês. No dia 12 de dezembro, a idosa de 73 anos, que sofre de demência, terá fugido do Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa, onde estava internada.
"Anda devagar, é débil, franzina e grisalha. Tem 1,65m, 45Kg e olhos castanhos. Pode estar ainda com a aliança de casamento tradicional na mão esquerda e uma pulseira amarela do Hospital", escreveu a família nas redes sociais à data.
Chegaram a encetar buscas pelos próprios meios e perante o vazio de informação, lançam agora uma petição com duras críticas à atuação das autoridades - tanto de saúde como de segurança.
"No dia 12 de dezembro de 2023, Avelina Maria Soares Sebinha Ferreira deu entrada de ambulância nas urgências do Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, pelas 17h30. Não obstante tenha havido por parte do seu acompanhante, o marido, o especial cuidado de sinalizar várias vezes o facto de Avelina ter demência e de precisar de acompanhamento constante, não lhe foi permitido acompanhá-la, tendo sido barrado na sala de espera da instituição hospitalar", esclarece a família na petição que solicita prevenção e resposta ao desaparecimento de pessoas com demência.
Acrescenta a família que, apesar do contacto com Polícia de Segurança Pública (PSP) e Polícia Judiciária (PJ), "tudo o que se logrou alcançar ficou a dever-se à mobilização de colegas, amigos e família de uma das filhas de Avelina Ferreira, aos quais se juntaram dezenas de desconhecidos voluntários pela causa".
No texto que acompanha a petição, frisa-se que "os sistemas atualmente implementados para prevenir e responder ao desaparecimento de pessoas que vivem com Demência apresenta várias fragilidades que necessitam de ser colmatadas com a maior urgência, para que esta situação não aconteça com nenhuma outra pessoa que se encontre em situação de especial vulnerabilidade".
Por fim, e depois de várias sugestões para alterações na lei e procedimentos, a família convoca uma vigília silenciosa para esta quinta-feira, dia 11 de janeiro de 2024, das 18h30 às 20h30 em frente à Assembleia da República, em Lisboa.
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