Cabo Verde quer ser um centro de formação para a CPLP

O vice-primeiro-ministro de cabo Verde, Olavo Correia, afirmou hoje que o país tem a ambição de "ser um centro de formação para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)" a nível profissional, em várias áreas de qualificação.

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Lusa
23/01/2024 17:22 ‧ 23/01/2024 por Lusa

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CPLP

"A partir de Cabo Verde queremos formar para o mercado interno, mas também para várias geografias mundiais", referiu, à margem da assinatura de uma candidatura às Nações Unidas, de um projeto de formação conjunto com Portugal.

O projeto prevê um investimento de quatro milhões de euros nos próximos dois anos no setor da formação profissional, pretendendo chegar a cerca de 2.000 pessoas em áreas como energias renováveis, economia digital, áreas sociais, turismo, metalomecânica, mecatrónica e construção civil.

"Este é um grande projeto, para um centro de excelência, voltado para a CPLP e para várias geografias mundiais. Assinámos também um acordo para nos candidatarmos às Nações Unidas, para podermos aceder a financiamentos globais, para formarmos jovens em Cabo Verde", referiu.

O memorando de entendimento sobre o investimento em formação foi anunciado em dezembro e hoje os dois países assinaram uma candidatura ao programa acelerador global das Nações Unidas, a caminho da cimeira social a realizar em 2025.

"Queremos estar na crista da onda desta agenda de formação de recursos humanos" a nível internacional, disse Olavo Correia, para que os jovens qualificados possam competir com outros, num mundo globalizado.

Olavo Correia classifica o setor como "uma verdadeira oportunidade para Cabo Verde, enquanto pequeno país do sul". 

"As ilhas, para avançarem, precisam de asas, têm de estar ligadas entre si e com o mundo", concluiu.

A assinatura de hoje, na Praia, contou com a presença da ministra do Trabalho portuguesa, Ana Mendes Godinho, que destacou a possibilidade de haver um encontro "entre as necessidades das empresas em Portugal" e "as prioridades de Cabo Verde" ao nível da formação.

"É um programa para que todos saiam a ganhar", referiu.

Leia Também: Presidência da CPLP equaciona enviar missão de bons ofícios a Bissau

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