O presidente do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, lembrou esta esta sexta-feira, dia em que foi recebido pelo Representante da República, Ireneu Barreto, na sequência do pedido de demissão do XIV Governo Regional, que "a Madeira não parará por não ter Orçamento e ter governo de gestão", como "muitos" tem feito crer.
"A Madeira não vai parar com um governo de gestão, aliás temos outros governos que estiveram em gestão e estiveram sem Orçamento e também e não foi por isso que pararam", começou por relembrar o socialista, defendendo que "não podemos admitir que haja chantagem" no sentido de não serem convocadas eleições antecipadas na região.
Em declarações aos jornalistas, a partir do Palácio de S. Lourenço, Paulo Cafôfo, insistiu na necessidade de eleições antecipadas, para que os partidos no poder não possam continuar com "os favorecimentos" e a "promiscuidade".
"O único responsável por não termos um orçamento é o próprio PPD/PSD, que não quis que este orçamento, como desejaria o senhor Presidente da República, fosse aprovado antes da efectivação da demissão de Miguel Albuquerque enquanto presidente do governo. Não o quiseram. E portanto não é justo que agora queiram lançar o pânico perante as pessoas porque a verdade é esta", declarou.
Já sobre uma eventual candidatura à liderança do Governo Regional, num cenário de eleições antecipadas, o líder dos socialistas madeirenses disse que esta inesperada crise política na Madeira "exige respostas". A prioridade, garantiu antes de concluir a sua intervenção, "é os interesses da Madeira e do Porto Santo".
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