Polícias querem manter "chama acesa das reinvindicações" em dia de debate

Está ainda agendado, para 2 de março, um encontro nacional de polícias da PSP e militares da GNR.

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Daniela Carrilho
19/02/2024 18:01 ‧ 19/02/2024 por Daniela Carrilho

País

GNR e PSP

Milhares de elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) são esta segunda-feira esperados para uma concentração na Praça do Comércio, em Lisboa, em mais uma ação de protesto por melhores condições salariais.

O presidente do Sindicato Nacional da Polícia, Armando Ferreira, conta que a praça esteja "mais composta" cerca das 18 horas com elementos das forças de segurança que serão "predominantemente da zona de Lisboa", mas também haverá pessoas "de outras regiões".

"A razão de estarmos aqui hoje é para mantermos a chama acesa das nossas reinvindicações pela atribuição de um suplemento de missão aos profissionais da PSP e da GNR", afirma Armando Ferreira em declarações à SIC Notícias, dando conta que "a escolha da data não foi inocente", uma vez que hoje irá acontecer o debate entre Pedro Nuno Santos (PS) e Luís Montenegro (AD) a contar para as Eleições Legislativas de 10 de março.

Por sua vez, o presidente da APG-GNR, César Nogueira, declarou que "logicamente" que pretendem estar na agenda do debate PS/AD e esperam que "os dois intervenientes", entre os quais "sairá daí o futuro primeiro-ministro", possam "esclarecer também os polícias e o que pretendem fazer para resolver o problema das polícias".

"A esperança é sempre a última a morrer. Se não a tivéssemos, não estávamos aqui a lutar e a mostrar o nosso descontentamento. Exigimos, queremos que se resolva, os polícias já demonstraram que vêm para a rua protestar, o medo de represálias já acabou e vamos manter os protestos até [a situação] se resolver", destacou Nogueira.

De recordar que os elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à PJ e a concentração de hoje acontece depois de a plataforma ter organizado as manifestações em Lisboa e no Porto, que juntaram milhares de elementos das forças de segurança e que foram consideradas as maiores de sempre, e vigílias nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e Funchal, além do porto marítimo de Lisboa.

A plataforma, que congrega sete sindicatos da Polícia de Segurança Pública e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, tem ainda agendado, para 2 de março, um encontro nacional de polícias da PSP e militares da GNR.

A maioria dos protestos tem sido convocada através de redes sociais, nomeadamente 'WhatsApp' e 'Telegram', tendo surgido o movimento inorgânico 'movimento inop' que não tem intervenção dos sindicatos, apesar de existir a plataforma criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.

Apesar de não ser assumido como forma de protesto, vários polícias da PSP e militares da GNR apresentaram baixas, o que levou ao cancelamento de jogos da I e II liga de futebol e o ministro da Administração Interna determinasse a abertura de um inquérito urgente à Inspeção Geral da Administração Interna sobre estas súbitas baixas.

Leia Também: "Há uma adesão mais precoce de crianças a grupos de pré-delinquência"

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