G20? Cravinho pede "penalizações mais fortes" para quem não cumpre regras
Ministro português dos Negócios Estrangeiros participou num encontro com os seus homólogos do G20, no Rio de Janeiro.
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País G20
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, disse que é necessário "impôr penalizações mais fortes àqueles que não obedecem às regras".
"Não vale a pena fazer regras se não houver uma penalização associada ao incumprimento", disse o ministro à RTP, após participar num encontro com os seus homólogos do G20, no Brasil.
Gomes Cravinho alertou que alguns dos propósitos com que foram fundadas as organizações internacionais "foram estabelecidos há 80 anos", havendo na atualidade "grandes anacronismos e desfasamentos em relação às necessidades do século XXI".
"Aquilo que se passa na invasão russa da Ucrânia, com o desrespeito pelo direito internacional humanitário em Gaza, é também um sintoma da desagregação das instituições", alertou o ministro, apelando a que sejam reformadas "para serem mais consentâneas com as nossas necessidades contemporâneas".
O ministro falou ainda sobre a presença do seu homólogo russo, Sergei Lavrov, na reunião, admitindo "algum mal-estar" quando o diplomata russo fala "em princípios e valores que a Rússia é a primeira a descumprir".
"É muito importante termos oportunidade de dizer olhos nos olhos aquilo que consideramos importante dizer sobre as violações à carta da ONU, ao direito internacional, sobre raptos de crianças... e o ministro Lavrov, para pertencer ao G20, também é obrigado a ouvir essas realidades", considerou.
O Brasil, que assumiu a presidência do G20 a 1 de dezembro de 2023, foi o anfitrião do encontro de dois dias que reuniu no mesmo espaço os máximos responsáveis diplomáticos das 20 maiores economias do mundo, como o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, o chanceler russo, Sergei Lavrov, mas também o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e e Vice-Presidente da Comissão Europeia, Josep Borrell, os responsáveis da União Africana, autoridades dos países convidados da presidência brasileira, como o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, e representantes de doze organizações internacionais.
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