"Eu acabei de tomar posse [...], mas eu gostava de tranquilizar o setor. Era a primeira coisa que eu gostava de fazer. Dizer que a Secretaria Regional do Mar e Pescas vai continuar o trabalho que foi desenvolvido no gabinete anterior, vai tentar consolidar as políticas públicas que foram desenvolvidas pelo gabinete anterior, nomeadamente ao nível dos polos tecnológicos e ao nível do 'hub azul' para dar apoio à economia", disse Mário Rui Pinho aos jornalistas.
O governante disse não querer falar do passado, mas do futuro: "E, no futuro, temos conhecimento e inovação, temos desenvolvimento de atividades e usos económicos para o mar, controlo e regulação, porque estas são as competências da Secretaria Regional do Mar e das Pescas, da Direção Regional de Políticas Marítima, da Direção Regional das Pescas e da Inspeção das Pescas."
Na sua opinião, o setor "deve trabalhar com o gabinete e com a administração, a pensar no futuro".
"Eu acho que o mar pode ter futuro na Região Autónoma dos Açores", sublinhou.
Quanto a prioridades para o arquipélago, Mário Rui Pinho disse que este ano o executivo regional pretende chegar a acordo com o setor da pesca para implementação das áreas marinhas protegidas.
"Queríamos consolidar o ordenamento do espaço marítimo e depois queríamos começar a trabalhar na monitorização do oceano. É por isso que temos um polo tecnológico e é por isso que queremos desenvolver a tecnologia ao serviço do controlo, da monitorização e também da economia", disse.
Mário Rui Pinho, que ocupava o cargo de diretor regional de Políticas Marítimas, substitui Manuel São João no cargo de secretário.
A sua entrada no executivo é uma das novidades deste executivo, o segundo liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro.
O líder do CDS-PP no arquipélago, Artur Lima, continua como vice-presidente e o líder do PPM/Açores, Paulo Estêvão, integra o executivo pela primeira vez, como secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Comunidades.
O novo Governo dos Açores, que mantém nos cargos oito elementos do anterior, não tem nenhuma subsecretaria, enquanto o anterior tinha Pedro de Faria e Castro como subsecretário regional da Presidência.
Com a entrada em funções, o XIV Governo Regional tem agora até 10 dias para entregar, no parlamento regional, o seu Programa, documento que contém as principais orientações políticas e as medidas a propor para a legislatura.
As eleições regionais nos Açores foram antecipadas para fevereiro na sequência do chumbo do Orçamento para 2024, com os votos contra de PS, BE e IL e a abstenção de Chega e PAN.
No dia 22 de fevereiro tomaram posse os novos 57 deputados eleitos nas regionais e o social-democrata Luís Garcia foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa.
Leia Também: Açores. Paulo Estêvão quer relação fluida entre parlamento e executivo