A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) disse, esta quarta-feira, que está solidária com a greve dos jornalistas, marcada para quinta-feira, adiantando que acompanha as reivindicações dos profissionais deste setor.
"A CGTP manifesta toda a solidariedade com a luta dos jornalistas e a greve que está convocada amanhã, 14 de março", lê-se numa nota informativa enviada às redações pela união sindical, a apenas horas do arranque da greve do setor da comunicação social.
Na nota, a CGTP acrescenta que "acompanha as reivindicações pelas quais lutam os jornalistas", num setor "caraterizado pelo domínio de grandes grupos económicos e financeiros e pela elevada concentração da propriedade dos órgãos de comunicação social".
"É urgente" assegurar "condições de trabalho dignas, o que passa pelo aumento geral e significativo dos salários destes profissionais", bem como "combater a precariedade generalizada e fraudulenta no sector e garantir condições para o exercício da profissão em segurança", diz a CGTP.
A mesma união sindical considera ainda que é "urgente" acabar com os despedimentos coletivos, que "têm como objetivo e consequência o enfraquecimento da liberdade de informação e do pluralismo", e o respeito pela "contratação coletiva e demais legislação do trabalho no sector".
"É urgente, mas também possível e necessário, responder a estas reivindicações dos jornalistas. São exigências que, tendo elementos específicos destes profissionais, a CGTP-IN coloca como centrais para todos os trabalhadores e para o próprio desenvolvimento do país", conclui a CGTP na nota, garantindo que estará presente "nas várias concentrações previstas para o dia da greve".
No Largo de Camões, em Lisboa, pelas 18h00, a CGTP-IN estará representada pelo seu secretário-geral, Tiago Oliveira.
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