Buscas da PJ na Câmara de Cascais? "Surpreendidos não estamos"

A Polícia Judiciária indicou que as buscas têm como objetivo a "recolha de informação". Em causa, está a primeira fábrica de máscaras cirúrgicas, em Cascais.

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© Rita Chantre / Global Imagens

Notícias ao Minuto
10/04/2024 13:13 ‧ 10/04/2024 por Notícias ao Minuto

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A Câmara de Cascais está a ser alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária (PJ) devido à fábrica de máscaras cirúrgicas no município. Em declarações aos jornalistas, o autarca Carlos Carreiras dá conta de que decorrem de um relatório que o Tribunal de Contas elaborou na sequência de inspeções feitas à fábrica das máscaras. em causa

"Estes processos já vinham do próprio relatório do Tribunal de Contas a dizer que ia parte da matéria para o Ministério Público apurar e é isso que está a ser feito. Não sabíamos era o dia nem a hora, mas surpreendidos não estamos", garantiu.

Questionado sobre se poderia haver irregularidades no que à compra das máquinas para a fábrica diz respeito, o autarca dá conta de que a Câmara contestou essa informação. "Estamos de consciência tranquila no sentido de não termos cometido nenhuma ilegalidade".

"Vamos colaborar com as próprias autoridades para apurarem o que tiverem de apurar e logo se verá qual é o seguimento que será dado", referiu Carlos Carreiras.

As buscas estão relacionadas com dois processos - um relativamente ao negócio das máscaras cirúrgicas, outro sobre suspeitas de favorecimento que recaem sobre Miguel Pinto Luz, na altura vice-presidente da Câmara de Cascais, agora ministro das Infraestruturas. Carlos Carreiras ficou surpreendido sobre o último ponto, referindo que "não faz parte das buscas".

O autarca assumiu-se como o único responsável em todo o processo da fábrica das máscaras, desresponsabilizando Miguel Pinto Luz, bem como os restantes vereadores. "Daquilo que tenho conhecimento, as buscas que estão a ser realizadas pela PJ aqui na Câmara são sobre o processo da fábrica das máscaras e sobre esse posso dizer que o único responsável sou eu. Nem sequer o senhor ex-vice-presidente teve qualquer participação, nem qualquer dos senhores vereadores, porque na altura estávamos em confinamento, eles estavam confinados, e eu não", sublinhou.

Sobre as suspeitas relacionadas com Pinto Luz, o presidente da Câmara de Cascais reforça: "Não faço a mínima ideia sequer do que está a falar". 

Carlos Carreiras revelou ainda que as autoridades lhe pediram o telemóvel, que foi entregue e entretanto devolvido. Elaborou também que as buscas decorrem em "quatro locais diferentes do universo municipal: Na câmara, no edifício S. José, no Cascais Center e na empresa municipal que geriu o processo de produção das mascaras".

Ao mesmo tempo que o autarca falava, decorria a conferência de imprensa após o Conselho de Ministros. Sobre o assunto, o ministro da Presidência afirmou apenas que o Governo não tem "qualquer informação" sobre as diligências judiciais na Câmara de Cascais, além da veiculada na comunicação social, dizendo ser necessário aguardar por esclarecimentos e que "a justiça deve funcionar".

Recorde-se que as buscas estão relacionadas com a fábrica de máscaras para a Covid-19, que foi criada em Cascais em 2020, com equipamento importado da China, e que teve um investimento inicial de 500 mil euros.  

[Notícia atualizada às 13h38]

Leia Também: PJ faz buscas na Câmara de Cascais devido a fábrica de máscaras Covid

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