A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, está, esta terça-feira, em Arronches, no concelho de Portalegre, onde será apresentado um estudo sobre a vacinação em Portugal, realizado no decorrer de 2023.
Em declarações aos jornalistas presentes no local, a responsável revelou que uma das conclusões do estudo é que "estamos com elevadas taxas de cobertura a nível nacional", admitindo, contudo, que há alguns "desafios" para os quais é preciso "olhar".
"Estamos com elevadas taxas de cobertura vacinal a nível nacional, o que nos mostra o sucesso do Programa Nacional de Vacinação, um sucesso que não começa hoje, que começou há 50 anos e que demonstra a confiança que os portugueses têm nas vacinas e nos profissionais de saúde", disse, acrescentando porém, que "há alguns desafios em algumas regiões do país, onde a taxa de vacinação é menor".
Além disso, segundo Rita Sá Machado é importante "olhar para alguns movimentos que possam aparecer de hesitação vacinal, que aparecem mais na Europa, mas que podem também acontecer a nível nacional".
"Desafios temos sempre", concluiu a diretora-geral da Saúde sobre este assunto.
Sublinhe-se que Portugal tem 20 casos confirmados de sarampo, uma doença que evitável com vacina. "Precisamos de atuar para que as pessoas continuem a vacinar-se e para se vacinarem de forma atempada. Se for para vacinar ao ano de idade não devemos vacinar ao ano e três meses", alertou.
"Não existe nenhuma rutura de stock"
Sobre a alegada falta de vacinas do Plano Nacional de Vacinação, Rita Sá Machado garantiu que "não existe nenhum rutura de stock" entre as vacinas que fazem parte do programa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"É importante referir que, desde o início do ano, estamos a acompanhar aquilo que é uma reorganização do SNS, onde muitas das questões associadas àquilo que era das vacinas passaram também para as Unidades Locais de Saúde. Portanto, já era expectável [algumas falhas]. Já sabíamos que podiam acontecer alguns impactos, mas estamos a tentar continuar este trabalho", realçou a responsável, adiantando que, no final do mês a DGS terá uma "reunião com todos os coordenadores locais de vacinação" sobre o assunto.
Já sobre as vacinas da Covid-19 que estão a ser administradas neste momento - que serão, supostamente, para uma variante anterior à que está em circulação -, a diretora-geral da Saúde garantiu que as vacinas que estão a ser dadas são as "indicadas internacionalmente para aquilo que são estirpes circulantes".
"Como sabemos, o vírus da Covid-19 é um vírus que se tem mutado ao longo do tempo mas estamos atentos a isso e já a preparar uma nova época vacinal", salientou ainda.
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