Jovem português instigava massacres no Brasil. Eis tudo o que se sabe

Segundo a PJ, o suspeito, detido na zona norte, está "fortemente indiciado pela prática dos crimes de homicídio qualificado, ofensas à integridade física qualificada e discriminação e incitamento ao ódio e à violência". A estes crimes, acresce, ainda, "a prática de crimes pornografia de menores".

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Notícias ao Minuto
02/05/2024 22:51 ‧ 02/05/2024 por Notícias ao Minuto

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A Polícia Judiciária (PJ) revelou novos detalhes sobre o jovem de 17 anos detido em Portugal por suspeitas de ter ordenado vários massacres em escolas no Brasil.

De acordo com um comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, a PJ deu conta que o suspeito foi detido na zona norte do país e está "fortemente indiciado pela prática dos crimes de homicídio qualificado, ofensas à integridade física qualificada e discriminação e incitamento ao ódio e à violência". A estes crimes, acresce, ainda, "a prática de crimes pornografia de menores".

A investigação, iniciada com "caráter de urgência", contou com a colaboração da Polícia Federal do Brasil, em inquérito titulado pelo DIAP de Lisboa, e "visou conhecer e identificar a atividade perpetrada online pelo detido, um cidadão português que promovia o nazismo, incitando a comportamentos extremistas".

Segundo a PJ, o suspeito "criou e gere um grupo na plataforma Discord, já devidamente identificada, onde se agruparam diferentes pessoas apologistas dos mesmos ideais e que pretendiam cometer atos semelhantes aos idealizados e propagados por aquele".

Entre eles, "automutilação grave de jovens, mutilação, morte de animais, difusão de propaganda extremista nazi, instigação e prática da 'missão' de cometer massacres em escolas (filmados e transmitidos através do telemóvel), partilha e venda de pornografia infantil".

Este tipo de condutas foram partilhados no grupo, incluindo transmissões ao vivo de agressões contra animais que levam à sua mutilação e morte e de jovens a beber detergente e a auto mutilarem-se com objetos cortantes.

"Através de um ideário particularmente violento e extremista, o jovem prestava conselhos quanto ao  'modus operandi' e indumentária a envergar pelos demais intervenientes aquando da preparação e prática dos crimes", refere a nota.

Ataque em escola de Sapopemba, no Brasil

Entre outros, foi na sequência destes comportamentos que veio a decorrer o ataque com arma de fogo numa escola de Sapopemba, no Brasil, resultando na morte de uma jovem de 17 anos.

No grupo, através da plataforma Discord, "o autor material do crime partilhou inclusive imagens da arma e da balaclava (gorro) que iria utilizar, bem como da escola onde o crime iria ocorrer".

Durante as buscas domiciliárias realizadas esta quinta-feira, a PJ apreendeu "vasto acervo probatório, designadamente material informático e digital". "A investigação prosseguirá, tendo como uma das principais linhas de investigação identificar, em termos internacionais, outros agentes dos crimes em que possam estar envolvidos nesta rede e neste tipo de condutas", termina a autoridade.

O suspeito será presente à autoridade judiciária para aplicação das medidas de coação na sexta-feira.

Leia Também: Detido pela PJ estudante português que ordenava massacres no Brasil

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