"Em Portugal existe o direito à manifestação. Fizemos um aviso [dirigido à Câmara Municipal de Lisboa], tal como no fim de semana passado, em que a polícia deteve duas pessoas", disse à Lusa, Alice Gato, 22 anos, porta-voz do protesto que decorre hoje em Lisboa.
Até ao momento o protesto decorre sem incidentes, além do condicionamento da circulação rodoviária.
O protesto que começou pelas 09h00 é levado a cabo por duas dezenas de ativistas e está a condicionar o trânsito no sentido entre o aeroporto e o Areeiro.
A via de rodagem destinada aos transportes públicos não está ocupada pelos manifestantes do Climáximo permitindo a passagem dos veículos.
"Nós fazemos estes protestos porque a vida de todos nós está em risco. Os governos e as empresas estão a condenar milhares de pessoas à morte todos os anos. Não podemos banalizar os factos relacionados com a crise climática", justificou Alice Gato reiterando as preocupações do coletivo.
Este é o sexto protesto da organização, em Lisboa, desde o dia 26 de abril.
"Enquanto os governos, empresas e os 'ultra-ricos' têm o direito de condenar milhões de pessoas à morte, as pessoas são impedidas de lutar contra a destruição", lamenta a ativista.
"Estamos no ano mais quente e com mais emissões desde que há registo. Os governos e as empresas sabem que estão a condenar milhares de pessoas à morte e demonstram que não vão parar, como demonstram os planos do governo de construir um novo aeroporto, ou o interesse da Galp em explorar petróleo na Namíbia", insistiu.
Para o Climáximo "tem de ser a sociedade a parar a destruição e implementar o plano de desarmamento e de paz necessários para assegurar a vida de todas as pessoas, pondo a vida em cima do lucro".
De acordo com um panfleto que está a ser distribuído aos automobilistas que passam lentamente ao lado da marcha lenta dos manifestantes, o grupo recorda que "11 apoiantes foram a tribunal por bloquearam o trânsito para que a sociedade resista contra a guerra declarada pelos governos e as empresas contra a sociedade e o planeta".
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