O canal Now arranca "no primeiro semestre", adianta Luís Santana, que explica a razão do nome do novo canal de informação, que estará na posição nove das plataformas Meo, NOS e Vodafone Portugal.
"É 'News' porque é notícias e 'Now' porque o 'claim' do canal é a notícia exata na hora certa", diz.
Trata-se de um "canal de informação puro e duro", vai abordar o nacional e o internacional e, neste último, terá um "foco muito específico na Europa, naquilo que são os interesses nacionais", adianta o CEO da Medialivre.
O Now será um canal 24 horas, sete dias por semana, com "noticiários com muito ritmo, de 15 minutos, daquilo que é informação essencial", afirma.
Luís Santana não revela o investimento feito no novo canal, mas refere que é "superior àquele que o foi na CMTV".
Quanto a sinergias, estas nunca serão com a CMTV, nem com o Correio da Manhã.
"As sinergias serão feitas pela equipa do Jornal de Negócios, pela equipa da Sábado, da Máxima -- porque aqui há uma matéria que queremos utilizar, que é o 'lifestyle', e também do Record, mas não no figurino que a CMTV utiliza", adianta Luís Santana.
O News Now vai contar ainda com a participação de personalidades relevantes na sociedade nacional.
"Não são comentadores, são protagonistas, significa que essas personalidades é que estarão no centro da ação", explica o CEO da Medialivre.
"Um comentador fala sobre muita coisa", aqui o foco é "naquilo que é o conhecimento da pessoa, a sua experiência, como a pessoa vê as realidades, é muito centrado naquilo que é a própria personalidade", sintetiza.
Entre as personalidades constam o antigo primeiro-ministro António Costa, o antigo líder do PSD Rui Rio, o deputado e ex-ministro das Finanças Fernando Medina, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, o cardeal D. Américo Aguiar, a ex-diretora-geral da saúde Graça Freitas, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, e a bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro.
O novo canal vai trazer um "fator diferenciador" ao mercado, acredita Luís Santana, até porque quem começa "tem de ser diferente" e ser capaz de identificar os consumidores que não se reveem nas soluções informativas disponíveis até aqui.
"Uma coisa é a CMTV, outra coisa vai ser o News Now, mas há uma coisa que é comum que fez o sucesso do Correio da Manhã: é a forma como foi capaz de se diferenciar de tudo o que existia em termos de informação", até porque "quem não diferencia hoje em dia, com os índices de competitividade que existem, é muito difícil preencher um espaço e ganhar quota de mercado", sublinha.
O Now vai ter um 'site' e vai estar nas redes sociais, as contratações já começaram e estão previstas um total de 60 pessoas, dos quais 26 jornalistas e os restantes mais ligados à parte técnica.
Sobre quando surgiu ideia, Luís Santana conta que foi logo após a compra da Cofina Media, em novembro passado.
"Em cinco meses a ideia surgiu, o plano desenvolveu-se e dentro do plano materializaram-se todas as etapas que tínhamos definido", desde negociar com as operadoras, garantir a posição nove, convidar personalidades, definir a estratégia do Now.
Sobre o interesse dos anunciantes neste novo projeto, Luís Santana destaca a "ótima experiência" na CMTV a nível de investimentos de publicidade.
"Tem muito a ver com o canal, mas também com o capital de confiança que a Cofina Media, agora Medialivre, conseguiu junto dos principais 'stakeholders' dessa indústria. Acredito que não vamos perder esse capital e vamos conseguir também com este canal", que tem um "perfil completamente distinto da CMTV", "progressivamente conseguir registar uma audiência muito significativa e que a publicidade irá acreditar que isto é também um sítio para fazer bons investimentos de comunicação", remata.
Em meados de abril, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deu 'luz verde' ao novo canal de informação News Now.
A Medialivre sucedeu à Cofina Media após os acionistas da Cofina terem aprovado a venda desta última aos quadros da empresa (MBO - Management Buy Out). Este MBO inclui a equipa de gestão da Cofina Media, quadros da empresa e um conjunto de investidores, entre os quais Luís Santana, Ana Dias, Octávio Ribeiro, Isabel Rodrigues, Carlos Rodrigues, Luís Ferreira, Carlos Cruz, Cristiano Ronaldo, Domingos Vieira de Matos, Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira, através da sociedade veículo Expressão Livre SGPS.
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