Os bens foram doados à empresa municipal Vila Real Social, à delegação local da Cruz Vermelha Portuguesa e ao Estabelecimento Prisional de Vila Real e serão distribuídos depois da descaracterização das marcas das peças, quer de vestuário, quer de calçado.
"A responsabilidade social é uma das nossas preocupações", afirmou hoje o inspetor-geral da ASAE, Luís Lourenço, que falava na Câmara de Vila Real após a formalização da doação e da assinatura de um protocolo com o município que visa a melhoria e controlo das condições de higiene e segurança alimentar nos refeitórios escolares.
Anteriormente estes bens aprendidos em ações de fiscalização eram destruídos.
Agora, segundo o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, regressam à sociedade, através da doação, beneficiando "sobretudo aqueles que mais necessitam".
Para este procedimento, a ASAE conta com o aval dos tribunais e das próprias marcas, sendo que é necessário garantir que não há uma nova introdução no mercado.
O objetivo do protocolo assinado entre o município e o órgão de polícia criminal com competência específica na área económica e de segurança alimentar é, precisamente, garantir a segurança das refeições servidas diariamente nas escolas e melhorar os serviços prestados pela autarquia.
"Este protocolo tem uma dupla importância, por um lado permite um trabalho em parceria entre os serviços da autarquia e a ASAE. Esse trabalho resultará com certeza num aumento da segurança das refeições junto dos nossos jovens e das nossas crianças e também uma perceção de maior segurança junto dos pais", afirmou Rui Santos.
Por outro lado, acrescentou, "garante que os erros serão minimizados".
"Nós aprenderemos muito com a ASAE e com certeza que a ASAE também terá uma maior perceção sobre aquilo que é a realidade dos nossos empresários, das nossas contingências no concelho de vila real", frisou o autarca.
Luís Lourenço concretizou que a ASAE, no âmbito deste protocolo, procurará formar os colaboradores ligados aos refeitórios para o cumprimento da legislação, ao nível do manuseamento e transporte dos alimentos.
"E isto é bastante importante porque estamos a falar da segurança de todas as nossas crianças", salientou.
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