APA criou roteiro nacional de adaptação aos perigos climáticos

Agência Portuguesa do Ambiente (APA) criou um roteiro de adaptação aos perigos climáticos, com recomendações para a elaboração e revisão dos Planos Diretores Municipais e para um ordenamento do território com resiliência climática.

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© Agência Portuguesa do Ambiente

Lusa
14/05/2024 18:30 ‧ 14/05/2024 por Lusa

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O Roteiro Nacional para a Adaptação 2100 (RNA2100), aborda a situação do país até 2100 em relação a cinco perigos climáticos - a seca, a escassez de água, os incêndios rurais, a erosão costeira e o galgamento e inundação costeira.

Além de um enquadramento da temática das alterações climáticas, dos seus perigos e da forma como o ordenamento do território pode contribuir para a resiliência climática nacional, o documento detalha como os Planos Diretores Municipais podem promover a adaptação aos cinco perigos analisados.

Segundo o RNA2100 os cenários de evolução climática para Portugal até ao final do século XXI apontam para "condições progressivamente mais desfavoráveis" para a atividade agrícola, derivadas da diminuição da precipitação e do aumento da temperatura, para um agravamento da frequência e intensidade dos eventos extremos e para um aumento da suscetibilidade à desertificação.

O Roteiro estima uma redução da disponibilidade de água e da capacidade de rega, a perda de fertilidade do solo e o agravamento da erosão, além de uma acentuada alteração na estrutura e composição da vegetação com consequências para a biodiversidade.

Nas regiões do Norte e Centro Litoral, dominadas por uma floresta mista de folhosas, o documento estima uma diminuição das espécies mais exigentes em humidade, com o aumento da mortalidade das árvores mais velhas e menos resistentes.

As regiões do Minho, Douro Litoral e zonas de montanha poderão ser beneficiadas com um aumento da diversidade biológica.

Mas o aumento da temperatura e os períodos de seca prolongados deverão ser também responsáveis pelo aumento do número de incêndios rurais, principalmente dos grandes incêndios florestais.

"O risco associado a estas ocorrências tem vindo a acentuar-se dramaticamente", destaca a APA no documento.

Leia Também: Portugal a "marcar passo" nas metas da OMS para a redução da hepatite C

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