Em comunicado, a Secil lembra que esta é a segunda vez na história deste prémio, considerado o mais importante galardão português da arquitetura, que são selecionados dois projetos em simultâneo.
O júri reconheceu a "inovação no domínio público" das Portas do Mar (projeto do Campo das Cebolas) e a "contribuição para a regeneração de territórios abandonados, promovendo um futuro sustentável" da Casa do Quintal, em Lamarosa.
Esta é a segunda vez que João Luís Carrilho da Graça recebe o Prémio Cecil. O arquiteto já tinha arrecadado este galardão em 1994, com o projeto para a Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa.
Miguel Marcelino recebeu o Prémio Secil Universidades Arquitetura, em 2005, com o projeto das Piscinas do Beato, em Lisboa.
A obra das Portas do Mar, concluída em 2018, requalifica "um espaço urbano público cheio de vida", propondo variadas utilizações, refere a nota hoje divulgada, lembrando que o júri destacou "a informalidade e destreza com que se inclina a plataforma de estadia, protegendo-a da avenida Infante Dom Henrique e abrindo-a ao rio".
Faz igualmente referência à forma como "os remanescentes do que foi encontrado são incorporados como parte ativa do projeto".
O Portas do Mar tem a arquitetura paisagista de Victor Beiramar Diniz.
No que se refere à Casa do Quintal, o júri refere que "na sua pequena escala, é uma lufada de ar fresco na sua aparente banalidade, em que cada gesto, com profunda atenção ao detalhe, responde com uma enorme simplicidade a um fim específico".
"É também o testemunho de como se pode cuidar e reusar, numa versão despretensiosa e engenhosa -- low-tech -- acessível a todos", acrescenta.
O Prémio Secil Arquitetura é organizado conjuntamente pela Secil -- Companhia Geral de Cal e Cimento, SA e pela Ordem dos Arquitetos.
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