Ministra reconhece números errados sobre doentes oncológicos em espera

A ministra da Saúde reconheceu hoje que nem todos os mais de 9.000 doentes oncológicos que o Governo apresentou como estando a aguardar cirurgia fora dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos (TMRG) estavam efetivamente para além deste tempo.

Notícia

© Getty Images

Lusa
12/06/2024 12:26 ‧ 12/06/2024 por Lusa

País

Cirurgia

 

Confrontada no parlamento pela deputada socialista Mariana Vieira da Silva sobre os mais de 9.000 doentes que o Governo, aquando da apresentação do Plano de Emergência da Saúde, disse estarem a aguardar cirurgia fora dos TMRG, a ministra afirmou: "Os mais de 9.000 são doentes oncológicos que, a partir do momento em que o são, todas as patologias que requerem proposta cirúrgica são prioritárias".

A ministra falava na comissão parlamentar de Saúde, onde foi confrontada com estes números, tendo a deputada socialista Mariana Vieira da Silva lembrado que, em março, 25% dos mais de 9.000 doentes oncológicos que aguardavam cirurgia estava além dos tempos recomendados, o que equivalia a cerca de 2.300 pessoas.

Confrontada com estes números, Ana Paula Martins disse: "Todos os doentes oncológicos devem ter prioridade em relação a outros não oncológicos, de acordo com o que é sempre a classificação médica".

No final de maio, quando foram apresentadas as medidas que integram o Plano de Emergência para a Saúde, a ministra tinha afirmado que mais de 266.000 utentes estavam inscritos para cirurgia, dos quais mais de 74.000 acima dos (TMRG), sendo que, destes, 9.374 eram doentes oncológicos.

Aliás, no documento divulgado, é assumido o número de 9.374 doentes oncológicos a aguardar cirurgia fora do TMRG.

Ainda sobre os doentes oncológicos, a ministra disse que vai passar a haver "registo fino" da espera para exames, tal como existe para as cirurgias.

"Vai passar a estar registado e nenhum doente vai atrasar o seu diagnóstico por não ter MCDT [meio complementar e diagnóstico e terapêutica]", disse a ministra, acrescentando: "Há áreas, como o cancro do pulmão ou do pâncreas, em que levamos mais de um mês a fazer diagnóstico por falta de meios complementares de diagnóstico".

Ana Paula Martins reconheceu ainda que os TMRG definidos, nalguns casos, estão desatualizados e devem ser revistos.

Leia Também: Quase 5.000 cirurgias oncológicas que estavam em espera já foram marcadas

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas