"O país está de luto porque Joana Marques Vidal foi um exemplo, quer se tenha uma perspetiva cívica, quer se tenha uma perspetiva humana, quer se tenha uma perspetiva profissional", afirmou a antiga ministra em declarações à agência Lusa.
Deixando uma palavra de conforto à família e aos amigos, Paula Teixeira da Cruz lembrou a surpresa que foi quando o Governo a que pertencia, presidido por Pedro Passos Coelho, a indigitou para o cargo de PGR.
Para a antiga governante, Joana Marques Vidal "foi uma pessoa que do ponto de vista humano reunia características de seriedade, de independência, de capacidade, de entrega e de generosidade para com os outros".
"Joana Marques Vidal não esgotava as suas funções na sua atividade profissional: recordo que ela assumiu uma militância na Associação de Apoio à Vítima (APAV) para além da sua função no Ministério Público (MP)", recordou, destacando "o capital humano e de intervenção cívica demonstrado não só nas várias causas que abraçou como ainda na forma exemplar como exerceu as funções de PGR".
Paula Teixeira da Cruz realçou a capacidade técnica de Joana Marques Vidal e "a sua entrega a uma área difícil na vida do Direito que são os menores e a família".
A ex-procuradora-geral da República Joana Marques Vidal morreu hoje, aos 68 anos, no Hospital de São João, no Porto, depois de ter estado várias semanas internada em coma.
A informação da morte de Joana Marques Vidal foi confirmada à Lusa por fonte próxima da família, depois de ter sido avançada pelo Observador.
Joana Marques Vidal foi a primeira mulher a liderar a Procuradoria-Geral da República, entre 2012 e 2018, sendo sucedida no cargo por Lucília Gago, a atual PGR.
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