Médicos. "Saber para onde se concorre é fator de agregação do SNS"

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) considerou hoje que os concursos para fixação de médicos devem ter uma definição concreta do local de trabalho, após o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) ter repudiado o acesso à carreira na segunda-feira.

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© Rui Oliveira/Global Imagens

Lusa
16/07/2024 13:18 ‧ 16/07/2024 por Lusa

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"Quando o maior desafio do SNS [Serviço Nacional de Saúde] é fixar médicos, é incompreensível que, no momento do concurso de acesso à carreira, se insista num caminho que pode dar aos médicos uma colocação insustentável para o seu modo de vida, o que reforçará a sua fuga para a prestação de serviço, setor privado e até para o estrangeiro", alerta a Fnam num comunicado.

 

De acordo com a organização sindical, os concursos públicos para fixação de médicos devem ter uma definição concreta do local de trabalho, evitando que, ao concorrer, o médico arrisque uma área de colocação incompatível com a sua vida pessoal e familiar.

"Saber para onde se concorre, em concreto, é um fator de agregação do SNS, uma vez que os médicos procuram concorrer para locais onde se possam fixar de forma estrutural, com toda a informação que precisam para o sucesso dessa colocação, nomeadamente a proximidade da sua residência, o acesso a transportes e serviços escolares para os seus filhos, entre outros fatores relevantes neste momento de início de carreira", sustenta.

A Fnam/Sindicato dos Médicos do Norte (SMN) enviou missivas às 14 unidades locais de saúde (ULS) do norte "para saber quais as vagas que irão ser colocadas a concurso nas respetivas ULS, discriminadas por unidades".

"Entendemos que é imperativo sabermos quais as vagas que irão ser colocadas a concurso nas ULS, discriminadas por unidades, de forma a dar aos médicos toda a informação que precisam para um concurso capaz de os fixar no SNS", sublinha.

Na segunda-feira, o SIM já se tinha manifestado contra os concursos públicos para médicos sem definição concreta do local de trabalho, afirmando que "é inaceitável e gera instabilidade, insegurança e desmotivação".

No final de junho, o Governo abriu 904 vagas para Medicina Geral e Familiar e 1.256 vagas para especialistas hospitalares, a maioria de Medicina Interna.

O despacho publicado em 26 de junho fixa o número máximo de postos de trabalho a preencher nos mapas de pessoal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) num total de 2.212 vagas.

Leia Também: Greve dos médicos? Ministra diz que "há sempre margem para negociar"

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