Em resposta à agência Lusa, o IHRU afirmou hoje não ter tido conhecimento prévio dos trabalhos que estão a decorrer no antigo edifício militar, mas que não se opõe à decisão e que está disponível para colaborar com o município na resolução do problema.
Em causa está a vedação do antigo edifício militar na Avenida de França, referenciado por uso inapropriado por uma comunidade, na sequência de queixas de vários moradores durante o Conselho Municipal de Segurança, que decorreu na passada sexta-feira.
A vedação e limpeza do prédio, que é propriedade do IHRU, iniciou-se na terça-feira e deverá estar concluída até sexta, segundo a Câmara do Porto.
À Lusa, o IHRU assegurou que desde o início do ano mantém contactos com a Polícia Municipal e Proteção Civil do Porto, tendo articulado com a Proteção Civil avançar com a demolição "de um alpendre considerado fundamental para que o local deixasse de ter a utilização que vem causando incomodo a munícipes do Porto".
Em 10 de julho, o IHRU diz ter sido novamente contactado pela Policia Municipal do Porto e informado de que "o problema persistia" e que deveria ser resolvido pelo entaipamento e vedação do espaço.
"Na sequência desta comunicação, este instituto iniciou os procedimentos com vista à contratação dos serviços necessários para o efeito, nos termos da lei", acrescentou.
Questionado sobre o projeto de reconversão do edifício, o IHRU avançou à Lusa que prevê lançar no último trimestre do ano o concurso público para a empreitada de construção de 40 habitações para arrendamento acessível.
Em março do ano passado, o IHRU lançou um concurso público para a reabilitação do prédio.
Localizado num terreno com 1.155 metros quadrados, o antigo edifício da Direção de Recrutamento Militar foi um dos oito imóveis que, em dezembro de 2021, passou da Defesa Nacional para o IHRU através da constituição de direito de superfície por um período de 75 anos.
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