A Polícia de Segurança Pública (PSP) está a investigar “casos reportados” de indivíduos que se identificam como taxistas no Aeroporto de Lisboa, numa tentativa de burlar os turistas ali chegados.

A situação veio à tona na sequência de uma denúncia feita por um grupo de turistas vindo de Washington D.C., nos Estados Unidos, que alegou ter sido alvo de uma tentativa de burla (e de rapto) por parte de um homem que se identificou como taxista e que, no final da viagem, solicitou um pagamento de quase 700 euros, por conduzir "um táxi especial do aeroporto".

Questionada pelo Notícias ao Minuto, a força de segurança informou que “os casos reportados à PSP se encontram em investigação”.

Ainda assim, o organismo recordou uma campanha da ANA - Aeroportos de Portugal que, por proposta da PSP, alerta para casos semelhantes.

“Motoristas autorizados não abordam passageiros. Siga a sinalização ou faça reserva nas aplicações”, lê-se.

É que, recorde-se, os turistas contaram, no início deste mês, que "havia pessoas a oferecer táxis", pelo que, como estavam privados de sono e só queriam "chegar ao hotel", aceitaram.

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Já perto do destino, o condutor terá mostrado o telemóvel aos passageiros e pedido um total de 680 euros, por ser "um táxi especial do aeroporto".

Incrédulos, os turistas ripostaram, pelo que o homem ligou a um terceiro, que disse ser o seu patrão. Durante a conversa, o motorista explicou a situação, em português, e informou o grupo que o patrão estava disposto a fazer um desconto. Pediu, desta feita, 300 euros pela viagem – tudo isto enquanto conduzia e o taxímetro continuava, alegadamente, ligado. Disse, também, que o valor mínimo para aquele tipo de viagens era de 100 euros e negou ter avançado 15 ou 20 euros, mas sim 15 quilómetros.

© PSP/ANA  

À medida que a situação escalava, os turistas alegaram que o homem acelerou e tentou trancar as portas, o que levou o grupo a gritar por ajuda.

Eventualmente, o homem imobilizou o carro, tendo deixado as malas dos turistas junto ao Hotel Marquês de Pombal, na Avenida da Liberdade, e seguido viagem.

Os turistas alegaram ainda que as autoridades nada fizeram, mas que disseram que os portugueses estão a par desta burla e que os aconselharam a não entrar num táxi sem características específicas.

Na altura, a PSP explicou ao Notícias ao Minuto que, como as autoridades não foram chamadas ao local e o suspeito já se teria colocado em fuga, não há registo de ocorrência.

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