Uma amiga de Alice, a menina portuguesa que morreu na sequência de um esfaqueamento na segunda-feira numa aula de dança em Southport, Inglaterra, revelou que "ela vai fazer muita falta".
"Não sabíamos os nomes, mas eu sabia que a Alice estava de certeza lá dentro. Quando soubemos que ela estava no hospital, fiz figas", conta Poppy, de oito anos, colega de Alice na Escola Primária de Churchtown, em declarações à BBC.
No dia seguinte, Alice foi identificada como a terceira menina que morreu no ataque.
"Eu vi a fotografia. E perguntei o que se passava com ela. E tu [a mãe] disseste que ela tinha morrido devido ao incidente", afirmou a criança, realçando que Alice cantava muito bem. "Ela vai fazer muita falta", lamentou.
A mãe, Charlotte Brown, teve uma tarefa inimaginável: contar os contornos do macabro crime, da morte da sua amiga e que uma das suas professoras estava em risco de vida.
"Temos sido abertos e honestos. Acho que temos de os deixar fazer as perguntas e temos de estar preparados para as responder", disse a mãe de Poppy, ressalvando, contudo, que acha que a filha "ainda não percebeu bem" que a amiga morreu.
Mãe e filha já foram duas vezes ao local do crime para depositar flores em homenagem a Alice. "Fez-me sentir como se as estivesse a dar à Alice", disse Poppy.
De recordar que cerca de duas dúzias de crianças estavam a participar num 'workshop' de férias de verão com o tema Taylor Swift, na segunda-feira, quando um atacante armado com uma faca entrou de rompante. O suspeito foi identificado como Axel Rudakubana, de 17 anos, nascido na Grã-Bretanha e de ascendência ruandesa.
Alice Dasilva Aguiar, de 9 anos, Elsie Dot Stancombe, de 7, e Bebe King, de 6, morreram devido aos ferimentos. Duas crianças já receberam alta e outras cinco encontram-se estáveis.
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