José Sócrates nega que o crime de falsificação de documento de que era acusado no processo Operação Marquês, relacionado com a casa que tinha em Paris, tenha prescrito, tal como avançou o Correio da Manhã (CM), esta sexta-feira.
Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, o antigo primeiro-ministro socialista afirmou que a notícia "não é verdadeira". "A alegação não prescreveu, a alegação é falsa e absurda como já expliquei várias vezes ao longo de todos estes anos. O que acontece é que, recentemente, ela foi também considerada ilegal e ilegítima pelo tribunal da Relação de Lisboa que a classificou como 'alteração substancial de factos'. Portanto, não prescreveu, nem vai prescrever – já não existe", garantiu.
Para José Sócrates a notícia é, no entanto, "muito reveladora". "Parece que, agora, o Ministério Público se basta com a prescrição. A única coisa que deseja é a prescrição. Desta forma poderão dizer que perderam, mas perderam na secretaria. Não, não é verdade. A alegação relativa ao apartamento de Paris caiu por não estar indiciada. Por não ter fundamento. Por não ter mérito para subir a julgamento. No fundo, ela deixou de existir pela razão mais simples do mundo –porque nunca houve crime nenhum", conclui.
Recorde-se que, de acordo com o CM, José Sócrates e Carlos Santos Silva ficaram livres do crime ligado com a alegada falsificação do contrato de arrendamento do apartamento de Paris, onde o antigo primeiro-ministro viveu entre setembro de 2012 e julho de 2013, porque este prescreveu.
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