Pelo menos mais 60 pessoas serão retiradas das suas residências na zona de Furna e levadas para o Pavilhão da Ribeira Brava, na Madeira, devido ao incêndio que assola o arquipélago desde a passada quarta-feira.
As informações foram avançadas esta segunda-feira pelo secretário regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, que adiantou que ainda estão dois fogos ativos na Encumeada e no Paul da Serra.
Houve, além disso, um reacendimento no Curral das Freiras, em Câmara de Lobos, município onde o dispositivo mantém uma "vigilância ativa". No entanto, não há vítimas a lamentar, nem danos em habitações, segundo disse o responsável, em conferência de imprensa.
Muitos dos deslocados já regressaram a casa, à exceção dos habitantes de Fajã das Galinhas, de acordo com Pedro Ramos. No domingo, tinha sido referido que 160 moradores já tinham sido retirados das suas habitações durante os primeiros cinco dias do incêndio, por precaução.
O secretário regional deu ainda conta de que uma bombeira que integrava o grupo de socorristas vindo dos Açores que se mobilizou para auxiliar no combate às chamas foi transportada para o Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, devido a um episódio de exaustão.
Ainda que a situação seja "mais tranquila", 150 operacionais continuam a combater os fogos, acompanhados por mais de 40 veículos e um meio aéreo, estando a ser realizadas "atividades de avaliação do impacto do incêndio".
Pedro Ramos ressalvou ainda que as projeções de área ardida, que apontavam para um total de 4.900 hectares e, depois, para 7.500, se tratavam de uma "primeira observação que não é responsabilidade do Governo Regional".
Recorde-se que o incêndio rural deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho contíguo a este, Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol, através do Paul da Serra.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, afirmou tratar-se de fogo posto, mas as causas ainda não foram divulgadas.
[Notícia atualizada às 19h48]
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