Fogo. Serviços de pecuária da Madeira entregam feno em concelhos afetados
Os serviços regionais de pecuária estão a entregar feno aos criadores de gado dos concelhos afetados pelo incêndio que lavra na ilha da Madeira, tendo hoje distribuído cinco toneladas de alimento na Trompica, Ribeira Brava, informou o Governo Regional.
© REUTERS/Nick Oxford
País Incêndios
Numa nota, o Governo madeirense destacou que os serviços de pecuária da Secretaria Regional de Agricultura, Pescas e Ambiente vão continuar a distribuir alimento para os animais nos próximos dias, assim como a disponibilizar os serviços de veterinária.
Citado no comunicado, o responsável pelos serviços, Daniel Mata, indica que "foram distribuídas mais de cinco toneladas de alimento para 26 animais na zona da Trompica, no concelho da Ribeira Brava".
O responsável manifesta disponibilidade para a deslocação dos serviços ao terreno, incluindo nos feriados e fins de semana, "bastando para tal alertar o serviço ou contactar as entidades locais".
A Secretaria Regional de Agricultura da Madeira iniciou na segunda-feira um conjunto de reuniões com as juntas de freguesia afetadas pelo incêndio que lavra na região desde quarta-feira, para articular os apoios a dar às populações com perdas agrícolas.
Numa declaração enviada às redações, a secretária regional com a tutela, Rafaela Fernandes, realçou que os apoios passam, essencialmente, por "reposição dos animais que se perderam, reposição das áreas agrícolas e a reposição de toda a tubagem relacionada com o fornecimento de água".
É necessário, por isso, "congregar esforços para tornar estas ajudas o mais céleres possível" e começar pelo levantamento de todas as necessidades e respetivos comprovativos, com a ajuda das juntas de freguesia, sublinhou.
O incêndio rural na Madeira deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho de Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol.
Nestes sete dias, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos, e da Furna, na Ribeira Brava.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais. Uma bombeira recebeu assistência hospitalar por exaustão, não havendo mais feridos.
Projeções do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, citadas pelo Governo Regional, apontam para sete mil hectares ardidos.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, diz tratar-se de fogo posto.
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