Enquanto Nuno Lopes, representante do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, disse à Lusa que a greve está a ter impacto no funcionamento do hospital, integrado na Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria, a administração indicou não ter havido adiamentos em cirurgias ou consultas e deu conta da resolução em curso de problemas levantados.
A greve foi convocada para reivindicar "a contratação de mais enfermeiros", uma "melhor organização nos horários de trabalho" e "a resolução dos problemas estruturais do serviço de Urgência."
"Estivemos reunidos, em maio, com o conselho de administração, e algumas questões continuam por resolver, nomeadamente a organização do Serviço de Urgência, que faz com que haja uma falta crónica de enfermeiros neste serviço. Já não é uma situação pontual, é uma situação do dia-a-dia e tem de ser resolvida", disse à Lusa o dirigente sindical.
Uma das principais reivindicações diz respeito a uma melhor organização do horário de trabalho que permita "a conciliação da vida profissional, familiar e pessoal", algo que os profissionais consideram difícil devido "à falta de enfermeiros" e ao recurso a horas extraordinárias, que "é constante", destacou Nuno Lopes.
Segundo o dirigente sindical, é "urgente a contratação de mais pessoal" - todos os dias "são mobilizados enfermeiros para colmatar as falhas que existem nos serviços".
Questionado pela Lusa, a presidente do conselho de administração da ULS da Lezíria, Tatiana Silvestre, referiu que o Ministério da Saúde aprovou na terça-feira o mapa de pessoal e a administração já pode iniciar "o procedimento de abertura de contratação de novos profissionais".
Outra das queixas dos enfermeiros refere-se ao pagamento do regime de prevenção, cuja lei existe desde 1979 e que, de acordo com o SEP, esta ULS "não está a cumprir".
À Lusa, Tatiana Silvestre garantiu que a administração "já deliberou sobre esta matéria" e vai "iniciar todo o processo de pagamento".
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