Navios chineses nos Açores? Dados online foram fabricados: "É falso"

Força Aérea e Marinha estiveram no local e não detetaram qualquer embarcação de bandeira chinesa. Tudo indica que se trate de AIS Spoofing.

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Natacha Nunes Costa
22/08/2024 11:11 ‧ 22/08/2024 por Natacha Nunes Costa

País

Açores

Nas últimas horas foram muitas as pessoas que partilharam nas redes sociais imagens retiradas do site Marine Traffic que dão contam de duas dezenas de embarcações com bandeira chinesa, em diferentes dias e horas, ao largo da ilha das Flores, nos Açores, na Zona Económica Exclusiva dos Açores (ZEE).

 

No entanto, não existe qualquer barco com bandeira chinesa ao largo desta que é a ilha mais Ocidental dos Açores.

Fonte da Marinha Portuguesa revelou ao Notícias ao Minuto que se trata de algo que foi "injetado propositadamente ou não" na plataforma, sendo, por isso, "falso".

Além de navegarem a uma velocidade bastante superior ao normal, as embarcações aparecem praticamente sempre no mesmo ponto, o que só por si é suspeito.

Apesar disso, tanto a Marinha como a Força Aérea patrulharam o local e não encontraram qualquer embarcação, tal como confirmou, na manhã desta quinta-feira, o Governo Regional dos Açores no seu site oficial.

"Terminou com sucesso a missão de fiscalização e patrulhamento da Zona Económica Exclusiva dos Açores, depois do alerta dado sobre 20 embarcações de pesca, com pavilhão chinês, a sul e a sudoeste da ilha das Flores", começam por dizer, acrescentando que "a unidade naval do Comando Local da Polícia Marítima das Flores esteve no local e não verificou qualquer navio", assim como a aeronave da Força Aérea Portuguesa.

"Fez sobrevoo da área para além da área de referência, incluindo até aos limites da ZEE nacional da subárea dos Açores e não verificou qualquer navio deste conjunto", realçam.

Tudo leva a crer então, segundo o Executivo açoriano, "que se trata de AIS Spoofing", ou seja, uma manipulação deliberada de dados de sistema para enganar embarcações marítimas ou sistemas de monitorização.

Entretanto, a Força Aérea Portuguesa também confrmou que esteve no local e que "os sinais anormais apresentados em diversos sistemas de informação" eram "discordantes da realidade", não existindo portanto "embarcações não autorizadas no local".

[Notícia atualizada às 11h37]

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