Navio com bandeira portuguesa transporta armas para Israel? BE questiona
O cargueiro Kathrin está registado no Registo Internacional de navios da Madeira, o que, segundo o Bloco de Esquerda, “coloca Portugal na situação de cúmplice das atrocidades e crimes levados a cabo por Israel”.
© Getty Images
Política Israel/Palestina
O Bloco de Esquerda (BE) questionou o Ministério dos Negócios Estrangeiros relativamente a um navio a circular com bandeira portuguesa que foi impedido de entrar nos portos da Namíbia por transportar armas destinadas às forças militares israelitas.
Segundo o BE, o cargueiro Kathrin está registado no Registo Internacional de navios da Madeira, o que, frisa o partido, "coloca Portugal na situação de cúmplice das atrocidades e crimes levados a cabo por Israel”.
Segundo o governo namibiano, o cargueiro em questão transporta oito contentores de explosivos Hexogen/RDX e 60 contentores de TNT com destino a Israel, que deverão ser descarregados em Koper, na Eslovénia.
"O governo português deve retirar o pavilhão português deste e de outros navios que estejam a servir para o transporte de armas para Israel e deve proibir todas as embarcações com bandeira portuguesa de qualquer envolvimento, auxílio e assistência ao genocídio e à ocupação ilegal de Israel”, defende o partido, num documento citado pelo Esquerda.net.
O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o governo sobre se já ordenou a retirada da bandeira ao navio em questão ou se vai proibir qualquer navio com pavilhão português de se envolver no transporte de equipamentos militares para Israel.
O ataque perpetrado em 7 de outubro pelo movimento islamita palestiniano Hamas provocou a morte de 1.199 pessoas do lado israelita, na maioria civis, segundo uma contagem da agência de notícias francesa AFP baseada em dados oficiais.
A ofensiva militar israelita de retaliação contra a Faixa de Gaza, onde o Hamas tomou o poder em 2007, devastou o território e matou pelo menos 40.534 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do Governo em Gaza, que não pormenoriza o número de civis e de combatentes mortos.
De acordo com a Organização das Nações Unidas, a maioria dos mortos são mulheres e menores. Das 251 pessoas raptadas em 7 de outubro, 103 continuam detidas em Gaza, das quais 33 foram declaradas mortas pelo exército israelita.
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