O incêndio na Madeira que lavrou durante 12 dias - cuja causa foi apontada como fogo posto por Miguel Albuquerque - terá sido, afinal, causado por um foguete autorizado.
Segundo o Diário de Notícias da Madeira, já foi constituído um arguido e há mais um suspeito sob investigação pelo lançamento de artefacto pirotécnico na Serra de Água.
Segundo a investigação da Polícia Judiciária, citada pelo mesmo jornal, o material pirotécnico terá sido adquirido por um popular, que lançou o foguete numa festa que decorreu nas proximidades da Serra de Água.
O homem foi constituído arguido por suspeita de incêndio florestal, ainda que tenha lançado o foguete com autorização.
Um segundo individuo que está sob investigação encontra-se neste momento na Suíça.
Recorde-se que Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, insistiu várias vezes na hipótese de se tratar de mão criminosa.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, fez um ponto de situação sobre o incêndio na Madeira, e afirmou que se terá tratado de um "fogo posto em zona inacessível durante um período em que um meio aéreo não podia atuar".
Notícias ao Minuto | 19:11 - 18/08/2024
"Este fogo foi um fogo muito perigoso que derivou - e não tenho nenhuma dúvida - de fogo posto em zona inacessível e durante um período em que um meio aéreo não podia atuar", disse, ao quarto dia de incêndio.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. Na segunda-feira, ao fim de 13 dias, a Proteção Civil regional indicou que o fogo estava "totalmente extinto".
Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida.
Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa.
O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.
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