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Foguete autorizado terá causado incêndio na Madeira

Já foi constituído um arguido e há mais um suspeito sob investigação.

Foguete autorizado terá causado incêndio na Madeira
Notícias ao Minuto

11:58 - 29/08/24 por Marta Amorim

País Madeira

O incêndio na Madeira que lavrou durante 12 dias - cuja causa foi apontada como fogo posto por Miguel Albuquerque - terá sido, afinal, causado por um foguete autorizado.

 

Segundo o Diário de Notícias da Madeira, já foi constituído um arguido e há mais um suspeito sob investigação pelo lançamento de artefacto pirotécnico na Serra de Água.

Segundo a investigação da Polícia Judiciária, citada pelo mesmo jornal, o material pirotécnico terá sido adquirido por um popular, que lançou o foguete numa festa que decorreu nas proximidades da Serra de Água.

O homem foi constituído arguido por suspeita de incêndio florestal, ainda que tenha lançado o foguete com autorização.

Um segundo individuo que está sob investigação encontra-se neste momento na Suíça.

Recorde-se que Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, insistiu várias vezes na hipótese de se tratar de mão criminosa. 

"Derivou, sem dúvida, de fogo posto". Incêndio na Madeira sem vítimas

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, fez um ponto de situação sobre o incêndio na Madeira, e afirmou que se terá tratado de um "fogo posto em zona inacessível durante um período em que um meio aéreo não podia atuar".

Notícias ao Minuto | 19:11 - 18/08/2024

"Este fogo foi um fogo muito perigoso que derivou - e não tenho nenhuma dúvida - de fogo posto em zona inacessível e durante um período em que um meio aéreo não podia atuar", disse, ao quarto dia de incêndio. 

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. Na segunda-feira, ao fim de 13 dias, a Proteção Civil regional indicou que o fogo estava "totalmente extinto".

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.104 hectares de área ardida.

Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa.

O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.

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