Foguete autorizado terá causado incêndio na Madeira
Já foi constituído um arguido e há mais um suspeito sob investigação.
Marta Amorim | 11:58 - 29/08/2024© Reprodução/Governo Regional da Madeira
País Incêndio na Madeira
A Polícia Judiciária (PJ) confirmou, esta quinta-feira, que o incêndio florestal de "grande dimensão" que lavrou na Madeira durante mais de uma semana "terá tido origem no lançamento de foguetes".
Em comunicado, enviado às redações, a autoridade esclareceu que "no desenvolvimento de diligências de investigação realizadas pelo Departamento de Investigação Criminal da Madeira, apurou que tal incêndio terá tido origem no lançamento de foguetes".
"A investigação realizada, designadamente através da recolha de depoimentos com relevo, análises de circunstâncias, informação meteorológica, informação oficial de várias entidades, bem como análise indiciária de vários elementos, permitiu identificar quer o local, quer os responsáveis pelo lançamento dos foguetes", acrescentou a PJ, acrescentando que "foi dado conhecimento à autoridade judiciária competente das diligências realizadas e os seus resultados" e que a "investigação prossegue".
A informação foi avançada esta manhã pelo Diário de Notícias da Madeira, que revelou também que já foi constituído um arguido e há mais um suspeito sob investigação pelo lançamento de artefacto pirotécnico na Serra de Água.
Recorde-se que Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, insistiu várias vezes na hipótese de se tratar de mão criminosa.
"Este fogo foi um fogo muito perigoso que derivou - e não tenho nenhuma dúvida - de fogo posto em zona inacessível e durante um período em que um meio aéreo não podia atuar", disse, ao quarto dia de incêndio.
O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana. Na segunda-feira, ao fim de 13 dias, a Proteção Civil regional indicou que o fogo estava "totalmente extinto".
O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não há registo de feridos ou da destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.
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