"Comandos prenderam". Piloto revelou a guarda que o salvou o que falhou
O guarda prisional que resgatou o piloto revelou as primeiras palavras e preocupação com os colegas daquele que viria a ser o único sobrevivente da queda do helicóptero no Douro.
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País Lamego
O homem que socorreu o piloto do helicóptero que caiu no Rio Douro contou que a vítima, que viria a ser a única sobrevivente da tragédia, lhe disse que os comandos do aparelho não funcionaram.
"Ia entrar dentro de casa e ouvi um estrondo muito forte. Imaginei logo que seria um helicóptero a cair no rio. Fui a correr para o rio e vi os destroços do helicóptero e vi o senhor a pedir-me ajuda", começou por contar em declarações à RTP1.
"Senhor, ajude-me", ouviu Alfredo Costa, um guarda prisional que estava de folga, que agora conta que o homem estava "dentro de água e a boiar".
Segundo o que conta este guarda prisional, a distância era muito grande para que ele o socorresse e aconselhou o piloto a dirigir-se para as margens. Momentos mais tarde a vítima disse-lhe que "não aguentava mais", numa zona onde o residente diz que existe muito lodo. Perante a situação, o guarda disse que entrou dentro de água e puxou o piloto para a borda. "Não é fácil estar a puxar uma pessoa que não dá a mão. Doía-lhe muito as pernas. Tinha um osso a sair da perna", contou, referindo que este "estava preocupado" com os colegas que seguiam com ele.
"Perguntei-lhe o que se tinha passado e ele disse: 'Foram os comandos que prenderam'", revelou, dizendo que depois apareceu a embarcação que com a ajuda de uma boia socorreu o piloto. Depois, a vítima esteve 20 minutos na margem do rio antes de seguir para o hospital, onde permanece internado.
De recordar que o helicóptero de combate a incêndios florestais caiu ao rio Douro, quando a equipa - um piloto e cinco militares - regressava de um fogo, na sexta-feira, no concelho de Baião.
Apenas o piloto da aeronave foi resgatado com vida, apresentando ferimentos ligeiros.
Os militares que perderam a vida neste acidente tinham entre os 29 e os 45 anos, três eram naturais de Lamego, um de Moimenta da Beira e outro de Castro Daire, no distrito de Viseu.
Ainda no dia do acidente, foram localizados os corpos de quatro militares da GNR e na tarde de sábado foi encontrado o quinto corpo.
As cerimónias fúnebres dos militares da GNR de Lamego realizam-se na tarde deste domingo, anunciou a autarquia, que decidiu suspender as festas da cidade.
As causas do acidente continuam desconhecidas, estando no terreno uma equipa do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), a investigar o caso.
[Notícia atualizada às 08h06 de 1 de setembro]
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