A fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus, em Alcoentre, fez notícia também lá fora, onde os protagonistas da fuga vão fazendo manchete nos jornais dos seus países de origem.
Recorde-se que o diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) disse no domingo, na sede do Sistema de Segurança Interna (SIS), em Lisboa, que os cinco homens que fugiram são "gente muito violenta, com enorme capacidade de mobilidade". Luís Neves disse que a PJ está a levar a cabo uma investigação para saber de que forma ocorreu a fuga e quem está por detrás dela.
Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos.
O nome de Mark Roscaleer fez manchete em várias publicações britânicas.
BBC, Daily Mail, Mirror, The Telegraph ou o The Independent contam a história da fuga, referindo-se ao britânico como um criminoso "extremamente perigoso".
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O homem, de 35 anos, recorde-se, foi condenado por roubo e sequestro e deu entrada em Vale de Judeus a 12 de agosto de 2020, transferido do Estabelecimento Prisional do Monsanto. Cumpria uma pena de nove anos.
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Na Argentina, a fuga do recluso de nacionalidade argentina está a ser vista como mais um episódio de um "Escândalo sem fim".
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Rodolf José Lohrmann, de 59 anos, é o autor de um crime que ainda hoje continua sem respostas. O homem foi o responsável pelo rapto de Cristian Schaerer, em 2003. A vítima tinha 21 anos quando despareceu a caminho de casa. A família chegou a pagar mais de 277 mil dólares pelo resgate da vítima, mas o corpo de Cristian nunca apareceu. Até hoje, ninguém sabe o que lhe aconteceu.
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A fuga e a primeira reação da ministra da Justiça
Cinco reclusos fugiram no sábado de um estabelecimento prisional em Alcoentre. Os homens tinham sido condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão - pelo 'meio', estão crimes estão tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.
A fuga dos cinco evadidos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus foi registada pelos sistemas de videovigilância pelas 09h56, mas só foi detetada 40 minutos depois, quando os reclusos regressavam às suas celas.
Em conferência de imprensa, responsáveis explicaram que a fuga foi planeada "ao detalhe", que os homens são "muito perigosos" e que de tudo farão pela liberdade.
A ministra da Justiça, Rita Júdice, indicou, ao jornal Observador, que irão ser apresentadas "conclusões e decisões" sobre a evasão em "breve", não tendo dado mais indicações, a não ser que está a reunir "informações" junto dos serviços prisionais.
Os cinco fugiram no sábado do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa.
Segundo avançou no sábado a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), uma avaliação preliminar, com recurso a imagens de videovigilância, aponta que a fuga dos cinco homens ocorreu pelas 10:00 "com ajuda externa através do lançamento de uma escada, que permitiu aos reclusos escalarem o muro e acederem ao exterior".
"Conforme o protocolo, foram feitas imediatamente comunicações devidas aos órgãos de polícia criminal com vista à recaptura dos evadidos", acrescentou o organismo em comunicado.
O Sistema de Segurança Interna (SSI) indicou também no sábado ter sido "agilizada a cooperação policial internacional" para a captura dos cinco reclusos que fugiram.
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