Um carro na autoestrada 33 (A33) incendiou-se, na tarde desta quarta-feira, e gerou um incêndio de grandes dimensões que fustigou a freguesia da Amora, concelho do Seixal, levando ao destacamento de centenas de operacionais e, num dado momento, a mais de uma dezena de meios aéreos.
Arderam cinco veículos e chegou a temer-se que as chamas atingissem residências próximas do incêndio, mas não passou de um 'susto', até ao momento, em que se registam duas frentes ativas.
Perto das chamas estão também um posto de abastecimento de combustíveis e um depósito de munições militares da NATO, que mereceram o posicionamento especial de meios, com a colaboração das Forças Armadas, para adoção de "medidas preventivas". Pelas 20h00, o incêndio encontrava-se a cerca de 500 metros do referido paiol da NATO.
O comandante sub-regional da Península de Setúbal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Sérgio Moura, garantiu à agência Lusa, por volta das 17h45, que não havia "habitações em risco", quando o incêndio tinha duas frentes ativas. Uma delas lavrava em direção à Herdade da Apostiça, um território maioritariamente florestal, no concelho vizinho de Sesimbra.
Uns minutos antes, às 17h30, o subcomandante da Proteção Civil da Península de Setúbal, Miguel Silva, já tinha afirmando que não havia habitações atingidos ou registo de danos humanos. "Neste momento [o incêndio] não oferece qualquer risco [...]. Está a arder em perímetro florestal", afirmou, admitindo "muitas reativações nos flancos".
As autoridades presentes no local relataram, em simultâneo, fortes dificuldades no combate às chamas relacionadas ao vento.
Pelas 20h00, o mesmo Miguel Silva voltou a garantir que "não há - nem houve - quaisquer habitações em risco em nenhum momento do incêndio" e os operacionais "estão a desenvolver todos os esforços para dominar o incêndio o mais rapidamente possível".
"Não é um incêndio fácil, está a ser levado pelo vento e está a ser feito um grande esforço pelos operacionais no teatro de operações que esperam no mais curto espaço de tempo possível poder dominar este incêndio", concluiu.
Segundo o Notícias ao Minuto verificou no site da Proteção Civil, às 18h49, estavam no local 382 operacionais, apoiados por 123 veículos e cinco meios aéreos (chegaram a ser 11, num dado momento).
Chamas levam a condicionamentos no trânsito
As chamas levaram, também, a condicionamentos do trânsito na A33, conforme se lê em nota da concessionária AEBT, que, pelas 18h00, disse que estavam "interditas a A33 na saída para a Aroeira e limitada a circulação nas vias circundantes ao local da ocorrência".
Por isso, recomendou-se à população "especial atenção às orientações e ordens das autoridades territorialmente competentes, devendo manter-se atenta ao desenvolvimento da situação, e evitar deslocações desnecessárias".
O trânsito foi, entretanto, "reaberto nas saídas da A33 para Belverde".
Também as Estradas Nacionais (EN) 377, entre Seixal e o Meco, e 378, que liga o Seixal a Sesimbra, estão condicionadas, por apresentarem "reduzida visibilidade" graças ao fumo. Não estão, porém, interditadas à circulação.
As autoridades "desaconselham as deslocações desnecessárias, não só para as pessoas não se colocarem em risco, como para não comprometerem a mobilidade dos meios de socorro", acrescentou o comandante sub-regional da Península de Setúbal da ANEPC.
[Notícia atualizada às 20h10]
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