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Funcionários são "essenciais para o bom funcionamento" das escolas

O ministro da Educação escreveu uma carta aos trabalhadores não docentes reconhecendo serem "essenciais para o bom funcionamento" das escolas, na semana em que estes anunciaram uma greve nacional por melhores condições de trabalho e salariais.

Funcionários são "essenciais para o bom funcionamento" das escolas
Notícias ao Minuto

15:46 - 13/09/24 por Lusa

País Ministro da Educação

O ministro da Educação, Ciência e Inovação (MECI), Fernando Alexandre, escreveu na quarta-feira aos técnicos, assistentes e auxiliares das escolas, sublinhando que realizam um trabalho "essencial para o bom funcionamento das escolas e para que o processo Educativo funcione na sua plenitude".

 

No início de mais um ano letivo para cerca de 1,3 milhões de estudantes do 1.º ao 12.º anos, Fernando Alexandre reconheceu que estes trabalhadores são "frequentemente quem está na primeira linha de apoio aos alunos": "É convosco que os alunos desabafam".

No entanto, "não há uma rede pública de educação com qualidade sem pessoal não docente valorizado e motivado", defendeu.

O ministro considera que o trabalho destes profissionais "não tem merecido reconhecimento", e por isso a tutela decidiu iniciar trabalhos com a Associação Nacional de Municípios Portugueses e com representantes sindicais.

O objetivo destes encontros, acrescentou, é avaliar "a implementação do processo de descentralização", "melhorar as vossas condições de trabalho" e o enquadramento das funções.

O ministro da Educação enviou na quarta-feira, primeiro dia de aulas para milhares de alunos do ensino básico e secundário, uma carta aos professores e outra dirigida ao pessoal não docente.

No dia seguinte, na quinta-feira, os sindicatos anunciaram a realização de uma greve nacional nas escolas a 04 de outubro.

A primeira paralisação do ano escolar "ainda poderá ser travada pelo ministro da Educação", segundo a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

Em causa está a situação precária de milhares de trabalhadores, que ganham "pouco mais do que o salário mínimo", disse o sindicalista Artur Sequeira, explicando que entre as reivindicações está a criação de carreiras especiais e a possibilidade de se aposentarem mais cedo sem penalizações.

A criação de uma nova portaria de rácios de trabalhadores que aumente os funcionários nas escolas é outra das exigências dos sindicatos, que alertam para o perigo para as crianças estarem em escolas onde há poucos assistentes.

A Lusa questionou hoje o gabinete do MECI sobre se vai agendar ou reunir com os sindicatos antes da greve nacional de 04 de outubro, se pondera criar carreiras especiais, rever os rácios e aumentar os funcionários nas escolas, mas ainda não obteve qualquer resposta.

Tal como tem acontecido nos últimos anos, o regresso às aulas volta a ser marcado pela falta de professores, em especial na área metropolitana de Lisboa e no Algarve, estimando-se que milhares de alunos não tenham já todos os professores atribuídos.

[Notícia atualizada às 20h25]

Leia Também: Portaria de vagas para recrutamento de professores publicada "em breve"

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