"Já está em marcha o processo de tudo o que aconteceu e o levantamento das ocorrências para ser analisado e obviamente incorporar nas lições apreendidas", disse aos jornalistas o comandante nacional de emergência e proteção civil.
Na conferência de imprensa realizada na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) em Carnaxide, Oeiras, para fazer o último ponto de situação dos incêndios que lavraram nas regiões do norte e centro de Portugal desde domingo, André Fernandes garantiu que "vai ser tudo identificado e incorporado na análise que é feita no global no sistema integrado de gestão de fogos rurais".
"As situações estão a ser identificadas e incorporadas na análise", disse o comandante, depois de ter sido questionado sobre as queixas dos autarcas de falta de meios no combate aos fogos e da crítica da Liga dos Bombeiros Portugueses sobre falta de coordenação no terreno.
André Fernandes afirmou também que a ANPEC está disponível para colaborar com "qualquer avaliação que seja feita" por uma entidade externa.
O comandante nacional destacou igualmente que "houve uma evolução" desde os incêndios de 2017.
Questionado sobre as dificuldades sentidas durante o combate aos fogos, André Fernandes disse que a principal foi "a questão meteorológica que era deveras severa e patente".
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.
Os incêndios, que começaram no domingo, atingiram as regiões do norte e centro do país e destruíram dezenas de casas e consumiram mais de 100 mil hectares, obrigando ao corte de estradas e autoestradas e ao fecho de escolas.
Os incêndios, que provocaram 17 feridos graves e cinco mortos contabilizados pelas autoridades, ficaram hoje controlados.
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