O coordenador do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP), André Pestana, garantiu que "não faltam só professores" nas escolas, em declarações esta quinta-feira, em Odemira, no distrito de Beja, onde se registaram manifestações.
"Esta é a mais uma escola onde faltam não só professores, mas também assistentes operacionais", afirmou, explicando que em frente da escola onde estavam a ser registados protestos não havia "nenhum psicólogo neste momento para dar apoio" aos jovens.
"O que move o grito de revolta destes profissionais é quererem dar o melhor aos seus alunos. Não têm conseguido não por responsabilidade deles próprios, mas porque não há meios para isso", considerou, lembrando que o STOP defende um aumento de 120 euros "para todos", assim como descontos para a caixa geral de aposentações.
"Não esquecemos também os colegas que não tiveram o tempo de serviço contado", apontou, dando ainda conta de que há muitas outras questões relacionadas com uma gestão escolar democrática.
André Pestana afirmou ainda que "só a escola pública" pode dar um ensino de excelência, independentemente de se os alunos são "ricos ou pobres".
Falando no caso de Odemira, onde 40% dos alunos são imigrantes, André Pestana defendeu que é preciso que o Estado receba bem os pais destas crianças. "E recebe-se bem, nomeadamente, recebendo com dignidade os seus filhos com professores de língua portuguesa não materna e que faltam nesta escola", considerou.
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