Gondomar terá "período de transição" para preparar saída de Marco Martins
O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, que será o presidente da Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), disse hoje aos jornalistas que preparará um "período de transição" para a sua saída do cargo de autatca.
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País Gondomar
"Nós vamos fazer um período de transição. Irei manter-me até não sei quando, é prematuro ainda. A lei não impede que acumule trabalho - aliás, estou habituado a acumular cargos - mas impede que acumule vencimentos, e bem", disse aos jornalistas, após a reunião do Conselho Metropolitano.
O autarca de Gondomar foi hoje eleito presidente da nova empresa Transportes Metropolitanos do Porto, que irá gerir os contratos da rede Unir, a bilhética do Andante e terá as atuais competências da AMP em termos de mobilidade.
"Estamos a falar, no limite, de antecipar alguns meses o final do mandato [autárquico]. Portanto, obviamente que a pasta de transição está a ser preparada para que, depois, o trabalho em Gondomar continue", disse aos jornalistas.
Marco Martins (PS) assumiu a Câmara de Gondomar em 2013 e está atualmente no último mandato à frente da autarquia, não se podendo recandidatar. O vice-presidente da autarquia é Luís Filipe Araújo.
Hoje, o presidente da Área Metropolitana do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, apontou que em janeiro a empresa de transportes já deverá estar formalmente constituída, após a nomeação da comissão instaladora liderada por Marco Martins.
O autarca de Gondomar disse estar convencido que "antes do final do ano - e daí alguém ter apontado já janeiro - seja difícil que a empresa esteja formalmente constituída".
Segundo o autarca de Gondomar, dificilmente a empresa estará formalmente constituída antes do final do ano.
"Neste momento não há garantias concretas de quanto tempo é que demora a empresa a arrancar mesmo", acrescentou, podendo até ser mais rápida.
Para Marco Martins, o primeiro passo no arranque da nova empresa "é mesmo garantir que os horários previstos são cumpridos", um trabalho que terá de ser feito "com as autarquias para verificar as falhas e com os operadores".
"Há uma outra coisa que deveria estar a funcionar e que não está, e não é culpa de ninguém, é culpa dos atrasos e de não haver uma entidade que o possa fazer [...], que é um controlo 'online' do percurso dos autocarros e dos seus trajetos", referiu.
A longo prazo, Marco Martins defende que a AMP deve "caminhar para aquilo que são as grandes metrópoles europeias", algo que "demorará anos" e "será, se calhar, para a geração seguinte".
Em causa está uma visão de "uma entidade que gira tudo e que tenha competências próprias".
"Em vez de haver vários operadores, que agora só se juntam na bilhética, terá que haver, no futuro - e digo isto a longo prazo - uma única entidade que gira, com capacidade para contratualizar, para que cada um faça a sua operação de acordo com a especificidade do tipo de transporte que tem", disse aos jornalistas.
O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, foi eleito presidente da nova empresa Transportes Metropolitanos do Porto (TMP), por unanmidade, obtendo 12 votos dos 12 autarcas presentes da reunião de hoje do Conselho Metropolitano.
Marco Martins foi eleito presidente da nova empresa TMP, por unanmidade dos 12 autarcas presentes na votação, que decorreu hoje no Conselho Metropolitano.
A nova empresa de transportes da AMP deverá contar com cerca de 60 trabalhadores, dos quais três administradores, de acordo com um estudo económico-financeiro a que a Lusa teve acesso.
A constituição da TMP vai ainda implicar a criação de dois órgãos consultivos: o Conselho de Mobilidade Metropolitana e o Conselho Consultivo das Tecnologias para a Mobilidade.
O capital social da empresa será de dois milhões de euros, integralmente subscrito pela AMP, mas cujo valor amealhado foi repartido pelos 17 municípios da AMP.
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